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A aquisição mais cara de Hollywood: Como a Netflix virou dona do mundo mágico da Warner #559

➜ EDIÇÃO 559

A Europa quer explicações

🤯 A Meta voltou ao radar da União Europeia e não é por causa de um novo emoji no WhatsApp. Desta vez, o bloco abriu uma investigação antitruste para entender melhor a polêmica decisão da empresa de proibir ChatGPT e outras IAs dentro do WhatsApp, algo que começará a valer a partir de janeiro de 2026. Segundo a Meta, a medida é só para organizar a casa e priorizar sua própria assistente, a Meta AI. Segundo a UE, hmmm… talvez não.

Tudo começou quando a big tech anunciou que bots de IA de terceiros não poderão mais atuar no mensageiro, exceto em casos específicos, como atendimentos empresariais. Para a Comissão Europeia, essa nova regra pode acabar limitando a concorrência, afinal, se o WhatsApp é o maior aplicativo de conversas do continente, restringir o acesso de IAs externas pode dar a vantagem inteira (e exclusiva) para a ferramenta da própria Meta.

🤔 A lógica deles é simples: Se as IAs concorrentes não puderem alcançar o público pelo WhatsApp, isso pode configurar abuso de posição dominante. E, se a suspeita se confirmar, a Meta pode levar uma multa pesada, até 10% de sua receita anual.

A investigação, segundo o bloco, será feita com “máxima prioridade”, mas sem prazo para acabar (e quem conhece a UE sabe que essas apurações costumam demorar… bastante).

😡 Entre os reclamantes estão a startup espanhola por trás da IA Luzia e a Interaction Company, que argumentam ter sido diretamente impactadas pela mudança.

De acordo com Teresa Ribera, porta-voz da Comissão Europeia, o objetivo é claro: garantir que a onda da IA beneficie os cidadãos e empresas europeias, sem que gigantes tech eliminem concorrentes inovadores antes mesmo de eles crescerem.

💬A Meta, por sua vez, diz que a acusação não procede. Um porta-voz do WhatsApp explicou à CNBC que a API do app simplesmente não aguenta a demanda dos bots de IA externos, o que estaria sobrecarregando o sistema. Ele também reforçou que o mercado de IA é supercompetitivo e que os usuários têm acesso a essas ferramentas por dezenas de outros caminhos — apps, buscadores, e-mails, integrações e muito mais.

E enquanto esse embate se desenrola, a Meta também enfrenta outra investigação na Itália sobre o mesmo tema: o impacto da integração da Meta AI dentro do WhatsApp.⚡

Xiaomi assume a vice-liderança e acirra disputa no mercado de smartphones na América Latina

Xiaomi / Reprodução

🥊 A briga pelo pódio dos smartphones na América Latina ganhou um novo capítulo e desta vez com virada. Segundo o relatório mais recente da Omdia, referente ao terceiro trimestre de 2025, a Xiaomi ultrapassou a Motorola e assumiu a vice-liderança do mercado na região. É a primeira vez em anos que a marca chinesa aparece tão confortável em segundo lugar, surfando em uma fase bem positiva.

O estudo também traz um dado interessante. O mercado latino-americano de celulares cresceu 1% entre julho e setembro, chegando a 35,2 milhões de unidades vendidas, o melhor trimestre da última década. Nada mal para um setor que vive altos e baixos.

Samsung segue no topo e com folga

🥇 A Samsung permanece tranquila no primeiro lugar, com 11,6 milhões de smartphones vendidos no período, o que representa 33% do mercado. E, como sempre, a série Galaxy A é a grande favorita da galera, responsável por 68% das vendas da marca.

Mas o destaque mesmo fica para a mudança logo abaixo: a Xiaomi passou a Motorola com 6,3 milhões de aparelhos vendidos (somando Xiaomi, Redmi e Poco), garantindo 18% de participação e um crescimento anual de 9%.

📉 Já a Motorola vive um momento mais complicado: chegou ao sexto trimestre seguido de queda, acumulando 11% de retração no ano. Com isso, caiu para a terceira posição, com 5,3 milhões de unidades e 15% do mercado.

E o resto do ranking?

De acordo com a Omdia, o cenário deve seguir bem parecido até o fim de 2025, com Samsung, Xiaomi e Motorola firmes no pódio. Logo atrás vêm:

  • Honor – 2,9 milhões de unidades (8%);

  • Transsion – 2,5 milhões (7%).

🌎 No Brasil, o ranking é praticamente o mesmo no topo: Samsung, Xiaomi e Motorola lideram. Já Apple e Realme aparecem empatadas em quarto e quinto lugar, com 7% cada. O país segue como o maior mercado de smartphones da América Latina, representando 29% das vendas, com 10,3 milhões de unidades no trimestre.

Preços e tendências

Outro ponto interessante do relatório é o recorte por faixa de preço. Os celulares de até US$ 300 (cerca de R$ 1,5 mil) ainda dominam, representando 71% do total, apesar de uma leve queda de 2% desde o início do ano. Já os modelos acima de US$ 500 (a partir de R$ 2,6 mil) estão ganhando força: cresceram 20% no acumulado de 2025.

📱 No fim das contas, o cenário mostra um mercado aquecido, com consumidores latino-americanos cada vez mais abertos a testar marcas novas e com a Xiaomi provando que o jogo pode virar a qualquer momento.

Escutar é uma arte

💬 Todo mundo gosta de ser ouvido, mas, quando o assunto é escuta de verdade, a maioria de nós está só no modo automático. Foi exatamente essa a sensação que o jornalista da Fast Company, David Robson, conta ter vivido durante uma conversa com Robert Biswas-Diener, psicólogo, coach executivo e coautor de um livro sobre “escuta radical”. Segundo o jornalista, ele iniciou a conversa achando que era ótimo ouvinte… e saiu descobrindo que estava acertando só metade do caminho.

Porém, para nós e para ele, existe um caminho e dá pra melhorar — e os benefícios são gigantes.

Trabalhar melhor começa por ouvir melhor

Ser um bom ouvinte não significa só ficar quieto, sorrir e acenar. Existe um conceito chamado escuta ativa, e pesquisas mostram que ele está entre as habilidades mais poderosas da vida profissional e pessoal.

🧘 Em tempos instáveis, então, sentir-se ouvido vira quase terapia. A pesquisadora Tiffany Kriz, por exemplo, descobriu que chefes que escutam bem conseguem acalmar melhor as inseguranças da equipe após demissões ou mudanças internas. Nada mal para quem achava que ouvir era só “dar atenção”.

E não são só os outros que ganham com isso: quem desenvolve a escuta tende a criar laços mais fortes no trabalho e isso se reflete diretamente em menos burnout e mais bem-estar.

👂 Mas como melhorar algo que sempre pareceu tão automático? Aqui entram três passos que mudam o jogo.

Atenção total (e adeus ao celular)

Primeiro, o básico: elimine distrações. Feche a porta, silencie o celular, desligue as notificações. Ninguém gosta de ser ignorado enquanto o outro confere mensagens.

🎯 Depois, vem o trabalho mental. Defina sua intenção antes de entrar na conversa: você está ali para aprender? Para relaxar? Para apoiar alguém? A resposta muda completamente o foco da escuta.

Suspender o julgamento e ativar a humildade

Outra parte importante é entender o que a pessoa quer ao falar com você: conselho, apoio prático, um ombro amigo? Cada intenção exige um tipo diferente de resposta, isso evita mal-entendidos e conversas que descarrilam.

🤔 E, claro, vai surgir discordância. Aí entra a tal humildade intelectual: reconhecer que sua visão pode estar incompleta, enviesada ou simplesmente ser diferente da do outro.

Mostre curiosidade genuína. Pesquisas apontam que pequenos sinais de interesse — perguntar mais, validar algo positivo, reconhecer qualidades — podem desarmar tensões e até abrir espaço para que o outro reveja seus próprios argumentos.

No fim, ouvir é mais sobre entender do que sobre rebater.

Escutar não é ser passivo, é participar

🔊 Essa é a parte que surpreende: segundo Biswas-Diener, boas conversas têm interrupções. Não no estilo “atropelar”, mas no estilo “entusiasmo”. Comentários como “verdade!”, “exato!”, “não sabia disso!” podem levantar o clima e mostrar engajamento real.

Até intervenções menos simpáticas, tipo avisar que já ouviu a história, mostram presença. Em contraste, silêncio demais pode fazer você parecer entediado ou distante.

😀 O segredo é achar o ritmo da conversa: intervir sem roubar a cena, participar sem dominar.

No fim, Biswas-Diener diz que habilidades empáticas são como músculos: ganham força com treino. Ouvir entrevistas de rádio, por exemplo, ajuda a perceber boas práticas de comunicação. Com o tempo, você passa a “ouvir a escuta” e, quando começa a imitá-la, suas relações naturalmente se fortalecem.

🤝 Ser um bom ouvinte não é talento nato. É prática, intenção e, acima de tudo, presença.⚡

Maior compra da história de Hollywood

Reprodução

🤯 A Netflix acaba de jogar uma bomba (daquelas que Hollywood vai sentir tremer por anos): a gigante do streaming anunciou oficialmente a compra da Warner Bros. e do serviço HBO Max por US$ 82,7 bilhões. Isso mesmo — não é trailer, não é rumor, não é teaser vazado. É real.

O acordo, fechado em dinheiro + ações a US$ 27,75 por papel, encerra um dos maiores “leilões” que a indústria do entretenimento já viu e une a Netflix a um estúdio responsável por Casablanca, Harry Potter, O Mágico de Oz, Matrix, Mad Max e todo o universo DC. Sem contar a televisão premium da HBO, que praticamente inventou o conceito de série-evento.

🌎 E, claro, ainda faltam as tradicionais etapas regulatórias e o desmembramento da WBD, que criará a nova Discovery Global com os canais lineares. Mas a Netflix já fala em “oportunidade histórica” para redefinir o rumo do streaming e talvez de toda a cultura pop.

Vamos aos detalhes.

A oferta que calou a concorrência

De acordo com o comunicado oficial, o valor total da operação chega a US$ 82,7 bilhões, com patrimônio estimado em US$ 72 bilhões. Para garantir o negócio, a Netflix topou até um dos maiores break-up fees da história: se o acordo for barrado, ela paga US$ 5 bilhões.

💰 O lance agressivo ajudou a esfriar as pretensões de Comcast e Paramount, que estavam no páreo, inclusive com acusações de favorecimento e rumores de empréstimos gigantescos para viabilizar a disputa.

O que a Netflix disse sobre a compra

Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, celebrou o acordo dizendo que a empresa está pronta para “definir o próximo século de storytelling”. Bem modesto. Ele destacou a força de juntar franquias como Game of Thrones, O Senhor dos Anéis, Friends e Harry Potter no ecossistema Netflix.

🎞️ Greg Peters, também co-CEO, reforçou que o negócio acelera o crescimento “por décadas” e garantiu que a Netflix manterá a produção da Warner e seus lançamentos nos cinemas, algo que muita gente, em Hollywood, estava bem tensa para saber.

Do lado da WBD, David Zaslav classificou a união como o encontro de “duas das maiores contadoras de histórias do planeta” e afirmou que o novo arranjo permitirá que as obras da Warner continuem chegando a novas gerações.

Pressão política e regulatória

⚠️ Se tem um lugar onde esse filme ainda não estreou, é nos órgãos reguladores. O Departamento de Justiça dos EUA já sinalizou preocupação, e autoridades europeias também estão cautelosas.

A Paramount não perdeu a chance de dizer publicamente que a fusão dificilmente passaria pelo crivo regulatório por causa do domínio da Netflix no streaming. Representantes da empresa chegaram até a bater na porta de Washington em busca de apoio político.

E o futuro de Hollywood, da HBO e do cinema?

🤔 Com o acordo, a Netflix assume o controle de um dos estúdios mais tradicionais de Hollywood. Isso abre um mundo de possibilidades e também muitas dúvidas:

  • Será que a Netflix vai acelerar demais produções que tradicionalmente têm “alma de cinema”?

  • A HBO, conhecida por séries feitas com calma cirúrgica, vai manter seu ritmo próprio?

No comunicado, a Netflix diz que sim, planeja “preservar e expandir” a operação da HBO e do HBO Max, tratando-os como ofertas complementares dentro do seu ecossistema. Também garante que manterá lançamentos nos cinemas — algo que alivia, pelo menos por agora, quem teme o desaparecimento da experiência cinematográfica.

📺 Enquanto isso, os canais lineares — como CNN, TNT, TBS e Food Network — serão reunidos na nova Discovery Global, prevista para ser lançada no terceiro trimestre de 2026.

O que acontece agora?

A conclusão do negócio depende:

  • da separação dos canais lineares,

  • e da aprovação regulatória nos EUA e Europa.

📆 Se tudo correr como esperado, o fechamento será após o terceiro trimestre de 2026. Até lá, cada empresa segue na sua, sem mudanças para os assinantes da Netflix ou do HBO Max. A integração real deve levar meses — ou anos — após a aprovação final.

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