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A gente conversa tanto com o ChatGPT que viramos top 3 no mundo #445

➜ EDIÇÃO 445

Threads bate recorde e encosta no X 

🚀 O Threads, rede social da Meta, está vivendo seu momento! A plataforma já soma mais de 400 milhões de usuários ativos por mês — 50 milhões a mais do que há poucos meses e bem distante dos 175 milhões que tinha no seu primeiro aniversário, no meio do ano passado.

Lançado em julho de 2023, o Threads já chegou fazendo barulho, quebrando recorde de 100 milhões de inscrições nos primeiros dias. Mark Zuckerberg deixou claro desde o início que queria transformar o app na grande aposta da Meta para rivalizar com o X (ex-Twitter) de Elon Musk. Na época, ele não escondeu a ambição: queria atingir 1 bilhão de usuários. Hoje, o objetivo ainda está um pouco distante, mas o avanço é nítido.

Quase lado a lado no celular

📱 No uso diário via celular, o Threads está colado no X. Segundo dados da Similarweb, em junho, o Threads teve 115,1 milhões de usuários ativos por dia, um salto de 128% em relação ao ano passado. O X ainda lidera com 132 milhões, mas a maré não anda boa por lá: com uma queda de mais de 15% no uso diário.

Nos EUA, a diferença é ainda menor — 15,3 milhões de usuários móveis diários para o Threads contra 22,9 milhões do X. Já no acesso via web, o cenário muda: o X segue muito na frente, com 145,8 milhões de visitas diárias contra apenas 6,9 milhões do Threads.

Apostando na própria vibe

🎯 O Threads não quer ser uma cópia do X. Segundo a Meta, 63% das postagens são só texto e a maioria dos usuários segue menos da metade das mesmas contas que no Instagram. Isso tem criado comunidades próprias, como o Bookthreads (para fãs de livros), além de grupos sobre basquete, música e outros temas — tudo com um clima mais amigável e menos tóxico que outras redes.

E a Meta não está parada: a plataforma já ganhou tópicos em alta, placares esportivos ao vivo, API para postagens automáticas e integração com o fediverse, permitindo interações com usuários do Mastodon e outras redes descentralizadas.

O momento certo

⏳ Essa ascensão acontece enquanto o X enfrenta desconfiança de anunciantes e pressão de concorrentes menores como o Bluesky. Com as redes sociais cada vez mais fragmentadas, cada grupo migra para seu canto favorito — seja Discord, LinkedIn, Reddit ou até grupos de WhatsApp.

Com 400 milhões de usuários e o uso no celular quase empatando com o X, o Threads já não é mais “o novato correndo atrás”. Ele está realmente encostando no rival — e Zuckerberg deve estar sorrindo de orelha a orelha.

Brasil está entre os países que mais usam o ChatGPT

OpenAI / Reprodução

🤯 O Brasil não está só acompanhando a revolução da inteligência artificial — estamos no pelotão da frente. Segundo um levantamento inédito da OpenAI, criadora do ChatGPT, nosso país já é o terceiro maior usuário da plataforma no mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Índia. E não é pouca coisa: cerca de 140 milhões de mensagens são enviadas por brasileiros todos os dias para o chatbot, o que representa quase 5% de todas as interações globais.

Essa presença de destaque não é um acaso. Em nível global, o ChatGPT processa mais de 2 bilhões de prompts por dia, e a participação brasileira demonstra como estamos incorporando a IA não só como ferramenta de trabalho e estudo, mas também como parte da vida cotidiana. Seja para escrever textos, resolver problemas de matemática, buscar referências para trabalhos acadêmicos ou até criar códigos de programação, a inteligência artificial já está na nossa rotina de forma natural.

Onde o Brasil mais se destaca

🗺️ O mapa de uso mostra que São Paulo lidera o ranking de engajamento, seguido por Distrito Federal e Santa Catarina. Estados como Tocantins, Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Amapá, Mato Grosso e Pernambuco também figuram no top 10, provando que o interesse pela IA não se concentra apenas nos grandes centros.

As principais finalidades? Comunicação e redação lideram, representando cerca de 20% das mensagens brasileiras. Logo atrás vêm aprendizado e capacitação (15%), e também áreas técnicas como programação, ciência de dados e matemática.

Quem está por trás desses números

🤖 Os dados da OpenAI também mostram o perfil de quem mais interage com o ChatGPT no Brasil: 33% têm entre 25 e 34 anos e 27% estão na faixa dos 18 aos 24. É a geração de estudantes universitários, jovens empreendedores e profissionais de tecnologia que já enxerga a IA como aliada para agilizar tarefas, aprender mais rápido e até abrir novas oportunidades de carreira.

E o impacto não é só no uso: o Brasil é o país latino-americano com mais talentos em inteligência artificial e o segundo no mundo em número de desenvolvedores que usam a API da OpenAI. Além disso, estamos no top 5 global em disseminação de competências em IA, reforçando o protagonismo brasileiro nesse cenário.

🥉 A presença do Brasil no pódio mundial do ChatGPT mostra que não estamos apenas consumindo tecnologia, mas também produzindo conhecimento e inovação com ela. A IA já deixou de ser um recurso distante para virar uma extensão das nossas conversas, estudos e projetos. Se continuarmos nesse ritmo, não é exagero imaginar que, em pouco tempo, o português brasileiro será um dos “idiomas nativos” da inteligência artificial.

Trabalho na juventude pode turbinar habilidades de leitura, aponta pesquisa

🤯 Entrar no mercado de trabalho pode ser muito mais do que ganhar o primeiro salário — também pode dar aquele “up” na leitura. É o que mostra o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), que analisou jovens de 15 a 29 anos e descobriu que 65% dos que estudam e trabalham têm níveis adequados de alfabetismo. Para quem só estuda, o índice cai para 43%, e para quem só trabalha, fica em 45%. Já entre os que não estudam nem trabalham, o número despenca para 36%.

O levantamento, no entanto, também joga um balde de água fria: apenas um terço dos brasileiros com mais de 15 anos tem alfabetização plenamente consolidada, ou seja, conseguem interpretar informações implícitas, entender textos complexos e lidar com números mais complicados. O restante se divide entre alfabetização elementar (36%) e analfabetismo funcional (29%). E o mais preocupante: esses números praticamente não mudaram nos últimos anos.

Por que o trabalho ajuda?

🧑‍🎓 Segundo Ana Lima, coordenadora do estudo, o ambiente de trabalho — especialmente o presencial — é um verdadeiro campo de treino para o cérebro. “Você convive com pessoas mais experientes, troca ideias, aprende processos e métodos… tudo isso melhora leitura, escrita e até matemática”, explica. Já o trabalho remoto ou a falta de ocupação acabam limitando essas oportunidades.

O estudo não crava que trabalhar causa diretamente a melhora na leitura, mas mostra que existe uma relação positiva: jovens que já têm boa leitura entram mais facilmente no mercado, e aqueles que ainda não têm tanto domínio podem aprimorar suas habilidades trabalhando.

🧠 O problema? O avanço ainda não é suficiente para acompanhar um mercado cada vez mais tecnológico, que pede menos esforço braçal e mais capacitação técnica.

Mais estudo, mais expectativas (e frustrações)

A boa notícia é que os jovens de hoje chegam ao mercado mais escolarizados que as gerações anteriores. A má notícia é que, mesmo assim, muitos não encontram vagas que correspondam às suas qualificações — e os empregadores, por sua vez, dizem que ainda falta preparo técnico. Para Ana, a solução passa por formação continuada com horários flexíveis e parcerias entre empresas e escolas.

🧑‍🏫 Ela também defende a renovação da Educação de Jovens e Adultos (EJA), que mudou muito nos últimos anos. Antes voltada principalmente para trabalhadores mais velhos, hoje precisa atender jovens que pararam os estudos e querem retomar, conciliando com o emprego. Nesse caso, incluir formação profissionalizante e parcerias com empresas pode fazer toda a diferença.

Desigualdades que pesam

O estudo também escancara que gênero e raça influenciam (e muito) nessa equação. Entre mulheres jovens com analfabetismo funcional, 42% não estudam nem trabalham. Já entre os homens nessa condição, só 17% estão fora dessas atividades — e 56% trabalham, muitas vezes por conta da responsabilidade de sustentar a família, o que pode perpetuar as dificuldades.

😣 A diferença racial também é evidente: 17% dos jovens negros são analfabetos funcionais, contra 13% dos brancos. E quando o assunto é alfabetização consolidada, 53% dos brancos estão nesse grupo, contra apenas 40% dos negros.⚡ 

Netflix de IA? Amazon apresenta o Showrunner, o streaming onde você é o roteirista da sua própria série

Showrunner / Reprodução

🤔 E se, em vez de só assistir a uma série, você pudesse criar as suas próprias cenas — ou até episódios inteiros — usando apenas um texto descritivo? É exatamente essa a proposta do Showrunner, novo serviço de streaming da Amazon que aposta pesado na inteligência artificial generativa.

O projeto é desenvolvido pela Fable, que já anda chamando a plataforma de “a Netflix da IA”. A ideia é simples: você escreve um prompt, a IA interpreta e transforma em animação, cena ou episódio pronto para assistir. Tudo de forma interativa, colocando o espectador no papel de criador.

💵 Por enquanto, o acesso será gratuito, mas os planos são de lançar uma assinatura mensal entre US$ 10 e US$ 20, que vai permitir gerar centenas de cenas. Antes disso, a Fable já fez um teste com 10 mil usuários para ajustar a experiência e deixar a plataforma afiada.

O CEO da Fable, Edward Saatchi, acha que usar IA só para efeitos visuais é pouco. Ele enxerga um futuro em que histórias como Toy Story possam ser “jogadas”, com o público criando milhões de novas cenas, sem que a Disney perca a propriedade intelectual. Aliás, a empresa já está em conversas com a Disney e outros estúdios de Hollywood para liberar o uso oficial de personagens e universos famosos dentro do Showrunner.

📺 Saatchi descreve essa nova fase como “entretenimento bidirecional”: você assiste a uma série, gosta, e no mesmo dia pode criar novos episódios com os mesmos personagens. Para ele, essa relação entre público e entretenimento pode mudar completamente nos próximos cinco anos, tornando tudo muito mais participativo.

Mas nem tudo é hype. O próprio Saatchi admite que ainda não sabe se as pessoas vão realmente querer ser seus próprios “showrunners”. Talvez o público prefira continuar só consumindo conteúdo, sem colocar a mão na massa. Ainda assim, a proposta do Showrunner é um daqueles marcos que podem redefinir a forma como consumimos — e criamos — filmes e séries.

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