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A internet caiu? Relaxa, foi só a Cloudflare derrubando tudo #541
➜ EDIÇÃO 541




Meta / Reprodução
🛍️ O Facebook Marketplace resolveu ficar mais moderno, mais esperto e mais social. A Meta anunciou uma leva de novidades focadas principalmente nos “jovens adultos”, mas que, na real, vai ajudar qualquer pessoa que já se estressou tentando comprar um sofá, um carro ou até uma camiseta por lá.
E o destaque da vez é um upgrade que deixa toda a experiência bem mais colaborativa, quase um “shopping com amigos” direto no app.
📱 Agora, quem vive fuçando no Marketplace pode criar coleções de produtos e chamar os amigos para ajudar na curadoria. Funciona tipo uma pastinha de achados, que você pode deixar privada ou pública, e que dá para compartilhar no feed, no Messenger e até no WhatsApp.
Mas não para por aí. A Meta também implementou a compra em grupo: você pode puxar amigos para dentro da conversa com o vendedor, seja para ajudar na negociação, opinar se vale a pena ou até combinar quem vai buscar o item. Basicamente, aquele amigo metido a especialista em achadinhos agora pode oficialmente participar da missão.
Além disso:
Os amigos podem reagir, comentar e dar pitacos diretamente nas listas do Marketplace;
Ao demonstrar interesse em um produto, o app começa a sugerir itens cada vez mais parecidos com o seu gosto, deixando a caça por ofertas mais personalizada.
Sugestões, resumos e busca mais inteligente
🤖 E claro que a inteligência artificial não ficaria de fora. Um novo botão chamado “Sugestões de perguntas a serem feitas” aparece no chat com o vendedor. Ele lê a conversa, analisa a listagem e sugere perguntas úteis.
Para quem está atrás de carros (uma das categorias mais bombadas do Marketplace), a IA vai além: ela entrega resumos com tudo que interessa, como preço médio, opções de motor, transmissão e capacidade. Tudo mastigadinho para facilitar a decisão.
Mais produtos e checkout mais transparente
🏷️ A Meta também segue ampliando o catálogo com itens de parceiros como eBay e Poshmark. Esses produtos aparecem destacados com um ícone especial e levam o usuário direto para a página do vendedor para concluir a compra.
E, para deixar o processo menos confuso, o checkout agora mostra todos os custos antecipadamente — frete, impostos e o valor final da compra. Você também recebe atualizações sobre o status da entrega, do envio até a chegada.
Em resumo?
🎯O Marketplace está ficando mais inteligente, mais social e menos estressante. Seja comprando um carro, achando um móvel de segunda mão ou pedindo opinião da galera sobre aquela jaqueta duvidosa, a experiência agora tende a ser muito mais organizada e prática.⚡


Internet quebrada? Culpa da Cloudflare (desta vez)

😡 A manhã de terça-feira (18/11) foi caótica para muita gente que só queria acessar suas redes sociais, conferir uma reunião no Zoom ou até abrir o ChatGPT. De repente, tudo parecia “quebrado”. O motivo? Um problema gigante na Cloudflare.
Logo depois das 8h30 (horário de Brasília), começaram a pipocar relatos de falhas no X (antigo Twitter), no ChatGPT, no Grindr, no Canva, no Zoom e até no Downdetector, o site que as pessoas usam justamente para ver se outros sites caíram. Ou seja: quando até o “site que avisa que o site caiu” cai, você sabe que deu ruim.
O que aconteceu?
🤔 Segundo a própria Cloudflare, por volta das 8h20 da manhã houve um pico de tráfego totalmente fora do normal em um dos seus serviços. Isso bagunçou a rede e causou falhas para uma tonelada de sites que dependem da empresa. No início, ninguém sabia o motivo, apenas que muita coisa estava dando erro ao mesmo tempo.
Por volta do meio-dia, a Cloudflare disse que já tinha aplicado uma correção e que os serviços estavam voltando ao normal. Mas ainda assim seguiu monitorando porque, depois de uma pane desse tamanho, sempre sobra um “cheiro de queimado” pelo sistema.
Quem foi afetado?
🌐 Praticamente um pedação da internet:
X/Twitter exibindo avisos de erro envolvendo o Cloudflare
ChatGPT mostrando a mensagem: “desbloqueie os desafios cloudflare.com para prosseguir”
Zoom, Grindr e Canva com funcionamento irregular
Downdetector caindo no momento em que mais era necessário
Quando tanta coisa ao mesmo tempo começa a dar problema, é um sinal claro: o gargalo é grande e está no centro da internet.
Afinal, o que é a Cloudflare?
🛡️ A Cloudflare é uma espécie de “escudo digital” usado por 20% dos sites de todo o mundo. Ela faz de tudo um pouco:
protege contra ataques,
garante que os servidores não fiquem sobrecarregados,
acelera o carregamento,
e verifica se quem está acessando é humano ou bot.
Com tantos sites dependendo dela, quando algo dá errado… bem, o impacto é global.
🔓 Alp Toker, da NetBlocks, resumiu bem: a interrupção foi “catastrófica” e expôs o quanto a internet inteira acaba ficando atrás da Cloudflare para se proteger de ataques. O problema? Quando um serviço tão gigantesco falha, ele vira um dos maiores pontos únicos de falha da web.
Um problema maior do que parece
A queda da Cloudflare veio logo após outras falhas recentes de gigantes como AWS e Microsoft Azure. Para especialistas, isso mostra que estamos cada vez mais dependentes de poucas empresas para manter a internet funcionando e quando uma tropeça, todo mundo cai junto.
⚠️ Como disse Jake Moore, da ESET: “Essas redes são frágeis e, na falta de alternativas, muitas empresas não têm para onde correr.”
Enquanto isso, as ações da Cloudflare chegaram a cair cerca de 3% no meio do caos.
No fim das contas…
🫠 A internet ficou lenta, instável ou completamente fora do ar para milhões de pessoas porque uma peça central da infraestrutura mundial — a Cloudflare — teve um tropeço. Nada incomum em tecnologia, mas o impacto lembra o quanto dependemos de poucos gigantes para manter o mundo conectado.
E quando um desses gigantes espirra, o resto da internet pega gripe.⚡


O ex-Facebook que aprendeu com Zuckerberg a trabalhar menos e melhor
🫢 Quando Martin Ott entrou no Facebook em 2012 para comandar as operações no norte e centro da Europa, a empresa ainda engatinhava rumo ao estrelato. Nada de gigante global pós-IPO: era uma época em que o Facebook ainda tentava entender a virada dos computadores para os celulares. Ott, então um dos poucos líderes ali dentro, viu a empresa crescer de perto e também aprendeu uma lição improvável de Mark Zuckerberg.
E não, não foi sobre trabalhar até cair.
🎯 Segundo Ott, o maior aprendizado que ele levou da época não foi sobre velocidade, escala ou cultura de hustle, mas sim sobre foco: fazer o que realmente causa impacto durante o horário de trabalho.
Hoje CEO da Taxfix — um app de impostos avaliado em mais de US$ 1 bilhão — ele repete a mesma pergunta para si e para sua equipe todos os dias: “Qual é a única coisa que você pode fazer hoje para causar impacto de verdade? E você realmente precisa estar nessa reunião?”.
🫠 Numa era em que bilionários da tecnologia pregam rotinas de 19 horas por dia, Ott vai na contramão: trabalhar 24/7 é garantia de burnout, não de sucesso.
A contracorrente no mundo tech
Enquanto estrelas do Vale do Silício vivem de agendas sobre-humanas — como Lucy Guo, que acorda às 5h30 e encerra à meia-noite, ou Reid Hoffman, que dispensa a ideia de equilíbrio para quem trabalha em startups — Ott prefere olhar para o longo prazo.
🛌 Para ele, não existe alta performance sem descanso, e desligar-se do trabalho é essencial não apenas para líderes, mas para toda a equipe. “É uma forma de proteger todo mundo da exaustão. Ninguém quer chegar nesse ponto”.
A filosofia é simples: não é sobre estar sempre disponível, e sim sobre agir com intenção.
As regras de ouro para e-mails e reuniões
😀 Hoje, Ott toca sua empresa com uma rotina bem definida e cheia de limites saudáveis:
Acorda por volta das 5h30
Lê por 30 minutos
Corre ao redor do lago e se exercita
Tenta manter uma rede de apoio ativa
Medita quando consegue (ou quando lembra que deveria)
Mas o pulo do gato está na comunicação com a equipe.
📧 Ott escreve e-mails cedo, mas só deixa que cheguem às caixas de entrada às 8h ou 9h da manhã, graças ao agendamento.
O CEO evita reuniões desnecessárias, prioriza apenas aquilo onde pode contribuir de verdade e incentiva a equipe a fazer o mesmo. Para ele, gerenciar uma empresa bilionária não significa correr o tempo todo e sim saber quando correr.
O recado final
🏁 Ott resume: startups têm crises, pressão e momentos intensos, isso é dado. Mas nenhuma empresa se constrói no modo “sempre ligado”. “Para manter alta performance por muito tempo, 24/7 simplesmente não funciona”.
E é assim que uma lição de Zuckerberg acabou moldando a cultura de uma empresa bilionária: menos pressa, mais propósito.⚡


Quando a matemática vira poesia (e dor)

Amazon Prime / Reprodução
🧮 O Homem que Viu o Infinito é aquele tipo de filme que faz até quem fugia da aula de matemática parar por dois segundos e pensar: “ok, talvez isso tenha um pouco de magia”. Dirigido por Matt Brown, o longa conta a história real de Srinivasa Ramanujan, um gênio indiano da matemática que, no início do século 20, saiu de uma vida humilde em Madras para balançar as estruturas da Universidade de Cambridge.
Mas, ao contrário do que o tema pode sugerir, este não é um filme sobre fórmulas indecifráveis. É sobre talento bruto, choque cultural, amizade improvável e o peso de ser brilhante num mundo que não estava pronto para você.
O gênio que chegou sem pedir licença
🟰 Ramanujan (interpretado com delicadeza por Dev Patel) surge como um autodidata quase sobrenatural, alguém que “vê” a matemática como se estivesse olhando para uma obra já concluída.
Sem diploma, sem formação formal e sem reconhecimento, ele acaba descoberto por G. H. Hardy (Jeremy Irons num dos seus papéis mais elegantes), professor de Cambridge conhecido por ser brilhante, mas não exatamente caloroso. A química entre os dois é o motor emocional do filme: Hardy tenta transformar o talento de Ramanujan em ciência “aceitável”, enquanto Ramanujan tenta provar que o mundo acadêmico não precisa de rigidez para enxergar genialidade.
O choque entre mundos e o peso disso
🌏 O filme também mergulha nas dores dessa jornada: o racismo, a solidão, o clima hostil da Inglaterra, a saudade da esposa na Índia e o adoecimento físico e emocional de Ramanujan. É impossível não sentir o contraste entre a grandiosidade de sua mente e a fragilidade de sua condição humana.
É aqui que o filme nos pega: Ramanujan não é retratado como um “gênio misterioso” — ele é um homem que sofre, que acredita, que duvida, mas que segue porque não sabe viver de outro jeito.
Matemática como emoção, quem diria?
🎞️ O diretor Matt Brown faz um equilíbrio curioso: não transforma tudo em espetáculo, mas também não deixa o conteúdo técnico engessar a história. A matemática aparece quase como uma extensão da espiritualidade de Ramanujan, algo belo, intuitivo e impossível de ser domado.
As demonstrações e teoremas aparecem mais como poesia do que como números e isso faz o filme funcionar até para quem nunca entendeu muito bem o que era um limite na escola.
O legado que continua reverberando
🙂 No fim, O Homem que Viu o Infinito é menos sobre cálculos e mais sobre reconhecimento — o que significa acreditar no próprio talento quando ninguém mais acredita, e também o que significa ter alguém disposto a apostar em você.
O filme deixa claro que Ramanujan mudou a matemática para sempre, mas faz isso com humanidade, mostrando que o infinito dele não estava apenas nos números: estava na capacidade de enxergar beleza onde o mundo via apenas lógica.
🍿 É uma história inspiradora, delicada e surpreendentemente emocional para um drama sobre equações e talvez seja justamente por isso que ela continua ecoando.⚡

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