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Adeus, avatares? Meta diminui investimento no Metaverso e resolve dobrar a aposta na IA #561
➜ EDIÇÃO 561



Selo azul, polêmica e 140 milhões: a nova bronca da Europa na X
🧑⚖️ A novela entre a União Europeia e a X, a rede social comandada por Elon Musk, ganhou um novo capítulo, e não é exatamente um daqueles que o bilionário colocaria na prateleira de prêmios. A plataforma levou uma multa de 120 milhões de euros (cerca de US$ 140 milhões) por violar regras de transparência da Lei dos Serviços Digitais (DSA), um pacote aprovado em 2022 para colocar um pouco de ordem no reino das big techs.
Segundo a Comissão Europeia, a lista de infrações inclui o famoso selo azul “enganoso”, um repositório de anúncios pouco transparente e obstáculos ao acesso de pesquisadores aos dados públicos da plataforma. Resumindo: a UE não gostou nada da forma como a X anda funcionando nos bastidores.
💬 Henna Virkkunen, vice-presidente executiva para soberania tecnológica, segurança e democracia (título imenso, problemas idem), foi direta: “Enganar usuários, esconder informações em anúncios e bloquear pesquisadores não tem lugar na internet da UE”. Foi o recado oficial que marcou a primeira decisão de não conformidade da DSA, um aviso claro de que o bloco não está para brincadeira.
Do lado da X, silêncio institucional. A única reação veio do próprio Elon Musk, que respondeu a uma postagem da Comissão com a palavra “Bobagem”. Bem no estilo Musk de relações públicas.
⚖️ Agora, a plataforma tem 60 dias para explicar o que pretende fazer sobre o “selo azul enganoso” e 90 dias para apresentar um plano de correção sobre anúncios e acesso de pesquisadores. Se não cumprir, a conta pode aumentar.
A decisão chega logo após outro movimento da Comissão Europeia: abrir uma investigação contra a Meta, suspeita de violar regras antitruste com uma política que dá a fornecedores de IA acesso ao WhatsApp. Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, autoridades americanas vêm pressionando a UE a “relaxar” suas regras para big techs — pedido que, ao que parece, não está sendo muito bem recebido.
🤔Pelo visto, 2025 ainda promete mais capítulos dessa disputa regulatória transcontinental.⚡


Adeus, metaverso? Meta corta investimento e segue para a IA

Meta / Reprodução
🤯 Parece que a Meta finalmente decidiu admitir que o metaverso virou um daqueles projetos que empolgam no PowerPoint, mas tropeçam na vida real. A empresa de Mark Zuckerberg deve reduzir ainda mais os investimentos na área em 2026, segundo reportagem da Bloomberg e o mercado reagiu como quem ouviu uma boa notícia: as ações da Big Tech saltaram 7% pela manhã e fecharam o dia em alta de 3,4%.
A Meta não confirmou o corte de até 30% no orçamento do metaverso, mas um porta-voz reconheceu que a companhia está “redirecionando parte dos investimentos” do grupo para outro segmento: óculos e dispositivos vestíveis com inteligência artificial. Ou seja, Zuck não está desistindo do futuro — só está apostando em outro.
Quatro anos e um sonho que não vingou
😮💨 E dá para entender o alívio de Wall Street. Depois de quatro anos e bilhões evaporados, o metaverso — aquele universo digital gigantesco no qual Zuckerberg apostou tanto que até renomeou o Facebook para Meta — ficou muito aquém da promessa. A meta interna de 500 mil usuários ativos mensais no Horizon Worlds, por exemplo, acabou sendo revista pela metade em 2022, ainda no meio do caminho.
Mesmo assim, o metaverso ainda não foi oficialmente desligado. Ele continua existindo dentro da divisão Reality Labs, que cuida dos headsets de realidade virtual. E Zuck jura que um dia todo mundo vai passar boa parte da vida em mundos virtuais. Mas, convenhamos, aquele sonho épico da pandemia — com avatares flutuando, reuniões imersivas e alegria pixelada — ficou para trás junto com o sourdough caseiro e as aulas de yoga no Zoom.
O timing ruim e o público que só queria vida real
🤔 No fundo, o metaverso sempre teve um problema de timing (e talvez de propósito também). Ele chegou para um público que tinha acabado de sair dos lockdowns e queria abraçar gente de verdade, não hologramas. Além disso, exigia um headset caro e trambolhudo, sem deixar claro por que alguém deveria viver ali. A comparação inevitável com o mundo real não ajudou.
O contexto também não era o ideal. O Facebook tentava se livrar do vendaval de críticas em torno dos documentos vazados por Frances Haugen e precisava desesperadamente mudar de assunto. A ideia era reposicionar a empresa como inovadora, longe das polêmicas. Mas quanto mais o público via o metaverso, menos empolgado ficava, inclusive graças àquela imagem que viralizou: o avatar de Zuckerberg, com expressão indecifrável e gráficos dignos de um game dos anos 2000, após bilhões investidos.
O fator “cool” que nunca apareceu
🙄 Faltava charme. E isso é curioso, porque o Facebook original era, de um jeito torto, sobre parecer interessante. Fotos, listas de favoritos, frases de efeito, aquela ambiguidade estratégica de “adicionar como amigo”. Tudo tinha um jeitinho de construir uma persona. No metaverso? Nada disso. Era o oposto do “cool”.
Mas parece que a Meta aprendeu alguma coisa. Prova disso é a contratação de Alan Dye, designer de peso vindo da Apple, para comandar um novo estúdio focado em integrar hardware, software e IA, uma busca explícita por estética e experiência.
Para onde vai o dinheiro agora
🤖 Enquanto isso, o dinheiro economizado com os cortes no metaverso deve migrar para projetos com IA, incluindo óculos inteligentes e wearables. Em 2024, a Meta dominou o setor com 61% do mercado global de óculos e headsets de AR/VR, segundo a IDC Global, uma vantagem confortável, mas longe de garantida.
IA: aposta promissora, retorno incerto
Se a aposta em IA vai render, ninguém sabe. Investidores estão de olho, preocupados com o apetite de Zuckerberg por gastar fortunas em tecnologias ainda incertas. Ele, por outro lado, continua apostando alto. “Se acabarmos gastando mal algumas centenas de bilhões, será lamentável”, disse em setembro. “Mas o risco maior é não apostar”.
🙂 Zuck, afinal, sempre foi do time “vai dar certo”. Resta saber se dessa vez o futuro que ele imagina chega antes do orçamento acabar.⚡


O segredo para viver online sem perder a sanidade
🤳 Do feed infinito ao pagamento por aproximação, passando até pela lista de compras que o ChatGPT monta pra você: a tecnologia virou companhia constante, e às vezes até insistente, no nosso dia a dia. Resultado? Vivemos grudados nos dispositivos.
Só para ter noção: um relatório de 2024 da Harmony Healthcare IT aponta que os americanos passam, em média, 5h16 no smartphone todos os dias. É quase um turno de trabalho só rolando tela.
🤔 Estar presente enquanto navega nesse mundão digital já não é tão simples, especialmente com algoritmos funcionando como DJs personalizados que só tocam o que você “supostamente” gosta. Mas tem gente estudando jeitos práticos de equilibrar tudo isso.
No podcast 10% Happier, Soren Gordhamer — cofundador da Wisdom Ventures, criador da conferência Wisdom 2.0 e autor do livro O Essencial: Descobrindo o que realmente importa na era da distração — compartilhou cinco dicas para usar a tecnologia “sem enlouquecer”.
Entenda que as redes jogam um jogo e o prêmio é sua atenção
🎮 Gordhamer é direto: existe um jogo sendo jogado, e ele funciona à base de atenção. Quanto mais você rola, curte, comenta ou clica, mais combustível oferece.
A saída? Desviar um pouco desse fluxo e direcionar a atenção para o que realmente importa: estar com quem você gosta, passar um tempo ao ar livre, fazer algo que te recarregue.
Crie momentos “offline” no começo e no fim do dia
🌄 A sugestão é simples e poderosa: reserve a primeira e a última hora do seu dia para você, não para o celular.
Pode ser uma caminhada matinal, um café sem notificações ou deixar a casa com luzes mais baixas antes de dormir. Pequenos rituais criam uma zona de calma no meio da hiperconexão.
Aceite o tédio (sim, isso é saudável!)
😳 Aquela fila no mercado ou o trajeto no trem não precisam ser preenchidos com o celular. Gordhamer defende que a gente volte a simplesmente… existir.
Nada de abrir a tela automaticamente: observe o entorno, repare nas pessoas, fique parado por alguns segundos. Isso treina o cérebro a não buscar estímulo constante e faz bem mais do que parece.
Pergunte-se o que realmente importa
❤️ Gordhamer traz uma reflexão profunda: temos um número limitado de batimentos cardíacos. O que você quer fazer com eles?
Pensar sobre impermanência e prioridades pode parecer filosófico, mas ajuda a reorganizar a vida, inclusive como usamos tecnologia.
Faça experimentos com o jeito que você usa o celular
📱 Um exercício rápido: o que você está sentindo nos momentos em que pega o celular? Ansiedade? Curiosidade? Fuga?
Outra ideia é testar dois dias seguidos:
no primeiro, ignore o tempo de uso da tela;
no segundo, passe o dia inteiro sem celular.
Depois compare as sensações. Segundo Gordhamer, observar seu próprio comportamento cria consciência e consciência gera controle.
O ponto central: a responsabilidade é nossa (não dos apps)
📵 No fim, Gordhamer lembra que a tecnologia não é responsável pelo nosso bem-estar, nós somos. Se não colocarmos limites, ela toma conta.
“Precisamos reservar um tempo para meditar, caminhar e estar com amigos”, diz ele. “Se não, é muito fácil se perder nesse jogo.”
🙂 E ele completa: “O jogo não nos serve”.⚡


Critics Choice Awards divulga indicados e Wagner Moura rouba a cena

Apple TV / Reprodução
🏆 A temporada de premiações já começou a esquentar, e o Critics Choice Awards deu o pontapé oficial na última sexta-feira (5), quando a Associação dos Críticos de Cinema (BFCA) soltou a lista dos indicados para a edição 2025. E olha… teve brasileiro fazendo bonito!
Wagner Moura apareceu não em uma, mas em duas categorias individuais, além de concorrer junto ao elenco de O Agente Secreto na disputa por Melhor Filme Internacional. O homem está impossível.
🎉 Na categoria de Melhor Ator, Moura entrou na corrida pelo seu trabalho como protagonista do filme dirigido por Kleber Mendonça Filho, mais um capítulo da parceria que o cinema brasileiro adora ver.
Já em Melhor Ator Coadjuvante, ele chamou a atenção dos jurados com sua performance na série limitada Ladrão de Drogas, da Apple TV, provando que transita com facilidade entre o cinema autoral e as produções de streaming que dominam as conversas.
😄 Agora é esperar para ver como o brasileiro se sai na premiação e torcer para que 2025 seja mais um ano de destaque para o talento nacional.
Agora, aproveita e confere a lista completa de indicados ao Critics Choice Awards 2026.⚡

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