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Compras com um clique (e uma conversa): ChatGPT virou seu personal shopper #492

➜ EDIÇÃO 492

Meta 1 x 0 Musk: Threads supera X pela primeira vez

🤯 Dois anos depois do lançamento, o Threads finalmente pode se gabar: superou o X (o antigo Twitter de Elon Musk) em usuários ativos diários. Segundo dados da Similarweb, a rede social da Meta bateu a marca de 130,2 milhões de usuários móveis por dia, contra 130,1 milhões da concorrente. É uma diferença mínima, mas suficiente para colocar o Threads na frente — e com direito a um “print” histórico.

O segredo? A conexão com o Instagram e o descontentamento de muita gente com o rumo do X. Entre 15 e 21 de setembro, o Threads se manteve firme na liderança, com média de 130,2 milhões de usuários diários.

📈 No iOS, o domínio também é da Meta: 62,5 milhões de usuários ativos diários contra 56,6 milhões no X. O empurrãozinho da base de usuários do Instagram vem sendo crucial para acelerar o crescimento da plataforma.

Claro que Elon Musk ainda tem cartas na manga. Nos Estados Unidos, por exemplo, o X continua mais forte, somando 21,3 milhões de usuários móveis diários (contra 16,2 milhões do Threads). Além disso, no tráfego web a vantagem é ainda maior: 140,7 milhões de visitantes no X contra 7,7 milhões no Threads.

💬 Na prática, o Threads funciona como o “primo novo” do X: posts curtos, respostas em fios e aquele jeitão familiar. A diferença é que, por enquanto, ele tem conseguido surfar melhor na onda da insatisfação dos usuários.

ChatGPT estreia como assistente de compras

🛍️ O ChatGPT resolveu entrar de vez no mundo das compras online. Desde segunda-feira (29), usuários nos Estados Unidos já podem pedir para o chatbot não só sugerir produtos, mas também finalizar a compra direto na conversa. Nada de abrir novas abas ou se perder entre carrinhos e cupons: tudo acontece dentro do próprio chat.

A estreia é em parceria com a Stripe, gigante dos pagamentos digitais, e por enquanto está rolando apenas na Etsy — aquele marketplace cheio de produtos criativos e feitos à mão. Mas a OpenAI já deixou claro que a lista de lojas deve crescer rápido.

🤖 O truque está no tal Agentic Commerce Protocol (ACP), um padrão open-source que permite que o modelo de linguagem da OpenAI “converse” diretamente com marketplaces. Na prática, você pede uma recomendação, o ChatGPT mostra opções, você escolhe, clica em Buy e confirma o pagamento. Simples assim.

Ah, e nada de perder o controle: o usuário precisa confirmar etapas importantes como a forma de pagamento. A Stripe garante a segurança e minimiza o compartilhamento de dados — pra ninguém ficar com medo de ver o cartão “voando” sozinho por aí.

🌎 Por enquanto, a função está liberada apenas para os EUA, mas vale para todos os tipos de contas: gratuita, Plus e Pro. E o próximo passo já está no radar: incluir varejistas famosos que usam o Shopify, como Glossier, SKIMS e Spanx. Ou seja, o ChatGPT está cada vez mais perto de virar um personal shopper definitivo, direto no bolso.⚡

Salário maior ou amizade no escritório? Estudo revela o que pesa mais

🫂 Parece que o segredo para segurar talentos nas empresas não está só no contracheque. O estudo Friends at Work 2024, da KPMG, mostrou que a galera anda valorizando muito mais as amizades no trabalho do que o próprio salário.

Segundo os dados, 57% dos profissionais topariam ganhar 10% menos se isso significasse trabalhar ao lado de amigos. Do mesmo jeito, recusariam uma proposta com 10% a mais só para não perder a chance de construir laços no escritório. Ou seja: a vibe do time pesa mais que o bolso em muitas decisões.

Solidão sai caro

😔 Não é difícil entender o porquê. O ambiente corporativo vive um boom de burnout e transtornos mentais. Só em 2024, o Brasil bateu recorde com 472 mil afastamentos por questões emocionais, o maior número em dez anos. Paralelamente, quase metade dos profissionais (45%) diz se sentir isolada no trabalho — quase o dobro de 2023. Esse isolamento custa caro: estima-se até US$ 154 bilhões anuais perdidos em produtividade e rotatividade.

Amizades rendem produtividade

Mas nem tudo é notícia ruim. O estudo também mostrou que 98% dos trabalhadores têm pelo menos um amigo próximo no trabalho, com média de 4,5 laços fortes. Isso faz diferença real:

  • 30% dizem que a motivação e a produtividade aumentam;

  • 25% destacam o apoio emocional e novas perspectivas;

  • E ainda tem quem cite inovação, menos burnout e até networking mais forte.

🤝 Com o avanço da IA e da digitalização, que podem reduzir o contato humano, 86% dos entrevistados acreditam que a importância da amizade só vai crescer nos próximos anos.

Empresas de olho

Não à toa, 90% dos profissionais avaliam bem as companhias que estimulam conexões sociais, e 87% afirmam que esse aspecto pode definir se ficam ou saem de um emprego. Para líderes, fica o recado: promover encontros, criar espaços de interação e até incentivar grupos de afinidade pode ser mais estratégico do que oferecer um bônus.

O futuro é social

😀 Pesquisadores já chamam isso de “saúde social”, tão importante quanto a física ou a mental. Amizades no trabalho reduzem estresse, aumentam motivação e fortalecem o sentimento de pertencimento. E não importa se o modelo é remoto, híbrido ou presencial — o que faz diferença é a cultura organizacional e os rituais do dia a dia, desde pausas para o café até mentorias entre gerações.

No fim, a lição é simples: pessoas não lembram do salário exato que ganhavam em um emprego, mas nunca esquecem dos amigos que fizeram lá.

E quando a gravadora assina com uma artista que não existe?

Reprodução / Spotify

🤯 A música já passou por várias revoluções: do vinil ao streaming, do autotune ao TikTok. Mas agora estamos entrando em um território ainda mais curioso — artistas inteiros criados por inteligência artificial.

Foi o caso da Xania Monet, uma cantora de R&B que acumula milhões de plays no Spotify e engajamento pesado no Instagram. O detalhe? Ela não existe de verdade. Sua imagem, voz e até músicas foram criadas com IA. Quem está por trás do projeto é Telisha “Nikki” Jones, uma letrista do Mississippi que conseguiu um contrato com a gravadora Hallwood Media, depois de negociações que, segundo rumores, incluíram uma proposta de até US$ 3 milhões.

E aí, o que a gravadora está comprando?

🤔 Essa é a grande questão. A lei de direitos autorais ainda não sabe bem como lidar com artistas de IA. Hoje, só o que é criado por humanos pode ser registrado oficialmente. No caso de Monet, isso significa que apenas as letras escritas por Jones são protegidas. Todo o resto — melodia, vocais e produção — foi gerado pelo Suno, uma IA que, inclusive, está sendo processada por gravadoras por suposto uso ilegal de músicas para treinar seu modelo.

Ou seja: se alguém quiser copiar as músicas de Monet e usar num comercial, por exemplo, não há muito o que Jones ou a gravadora possam fazer em termos de direito autoral.

O risco e a aposta

🤖 Mesmo assim, a Hallwood decidiu apostar. O empresário de Jones, Romel Murphy, comparou o uso da IA a ferramentas como o autotune: um recurso para potencializar a música. Mas especialistas discordam — dizem que a comparação é injusta, já que o autotune apenas ajusta uma voz humana, enquanto a IA gera algo novo a partir de bases treinadas (muitas vezes sem autorização dos artistas originais).

No fim, é um terreno instável: as leis ainda estão correndo atrás da tecnologia, e, nesse meio-tempo, contratos como o de Xania Monet levantam uma pergunta que pode mudar a indústria musical: O que significa “ser um artista” quando boa parte do processo é feita por máquinas?

O futuro da música em debate

🧑‍⚖️ O Congresso dos EUA já está se movimentando para regular melhor os dados usados no treinamento de modelos de IA. Mas, como costuma acontecer, a tecnologia anda muito mais rápido do que a legislação consegue acompanhar. Até lá, casos como o de Xania Monet vão continuar dividindo opiniões — e testando os limites do que chamamos de arte, propriedade intelectual e cultura pop.

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