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Da escuridão às palavras: tecnologia devolve a leitura a pessoas com degeneração ocular #520

➜ EDIÇÃO 520

Instagram lança histórico de Reels (e salva quem vive perdendo vídeos incríveis)

Instagram / Reprodução

🥳 Sabe aquele Reel que você viu ontem, achou genial… e depois simplesmente sumiu do seu feed? Pois é, o Instagram finalmente resolveu esse drama coletivo. A plataforma acaba de liberar o histórico completo de Reels assistidos, um recurso que os usuários pedem há muito tempo.

Chamado de Watch History, o novo recurso foi anunciado pelo próprio Adam Mosseri, CEO do Instagram, e promete facilitar (e muito) a vida de quem vive rolando o feed sem parar. Agora dá pra ver tudo o que você assistiu, organizar por data ou conta e até apagar vídeos do histórico se quiser manter a privacidade em dia.

📱 Pra acessar é simples: vai em Configurações → Sua atividade → Histórico de exibição. A função permite filtrar por período, classificar do mais recente ao mais antigo e reencontrar aquele vídeo perdido sem precisar virar um detetive digital.

“Esperamos que agora você consiga encontrar aquele vídeo que estava tentando achar e não conseguiu antes”, comentou Mosseri — provavelmente falando em nome de todos nós.

🪞 A novidade coloca o Instagram ainda mais próximo do TikTok, que já oferece esse recurso há anos. E não é a única semelhança: o app também vem testando listas de reprodução de Reels em série e um modo Picture-in-Picture, bem no estilo do concorrente.

No fim das contas, o histórico não é só um mimo para os esquecidos: é parte da briga pelo nosso tempo de tela. O Reels quer ser cada vez mais o lugar onde a gente passa horas rolando e agora, pelo menos, sem perder aquele vídeo genial no meio do caminho.

De páginas em branco a letras vivas: o implante que trouxe a leitura de volta

🤯 Imagine perder a visão central por causa de uma doença degenerativa e, de repente, conseguir ler novamente. Pois foi exatamente o que aconteceu com Sheila Irvine, de 70 anos, uma das primeiras pessoas do mundo a receber um implante ocular revolucionário que promete devolver a capacidade de leitura a quem sofre com atrofia geográfica (AG) — forma avançada da degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

O estudo, conduzido por uma equipe internacional com participação do Moorfields Eye Hospital, em Londres, testou um microchip fotovoltaico de apenas 2 mm, inserido debaixo da retina. O dispositivo funciona em conjunto com óculos equipados com uma câmera, que capta as imagens e as envia ao chip por meio de sinais infravermelhos. Esses sinais estimulam o nervo óptico e ajudam a restaurar parcialmente a visão central, o que é essencial para atividades simples como ler, escrever ou reconhecer rostos.

👁️ Segundo os resultados publicados no New England Journal of Medicine, o implante, chamado Prima, apresentou resultados animadores: dos 32 pacientes que receberam o dispositivo, 27 conseguiram voltar a ler usando a visão central. Um ano depois, a melhora média foi de cinco linhas ou 25 letras em uma tabela oftalmológica.

Sheila, uma das voluntárias, descreveu sua recuperação como algo “de outro mundo”. Agora, ela voltou a ler cartas, livros e até fazer palavras cruzadas — tarefas que antes pareciam impossíveis. “A capacidade de leitura restaurada me dá muito prazer”, contou emocionada.

👏 Mas o avanço não para aí. A reportagem do G1 destacou que o implante ainda gera visão monocromática, em tons de cinza, mas já há pesquisas para evoluir o sistema e permitir a percepção de cores e maior definição. Além disso, os cientistas acreditam que essa tecnologia poderá ajudar outros tipos de cegueira causados pela perda de fotorreceptores, não apenas os casos de DMRI.

O Dr. Mahi Muqit, cirurgião responsável pelo procedimento, afirmou que este é o primeiro implante capaz de oferecer uma visão funcional real, usada em tarefas do cotidiano — algo que, até agora, nenhuma outra tecnologia havia conseguido. Ele considera o resultado um “grande avanço” para a oftalmologia moderna e uma enorme melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

😎 Ainda assim, o dispositivo não é uma cura completa. A tecnologia depende de um sistema composto por óculos, câmera e chip, o que exige calibração constante e adaptação por parte do paciente. Além disso, o implante Prima ainda não possui licença comercial e está disponível apenas em ensaios clínicos, com a expectativa de chegar ao sistema público de saúde britânico (NHS) “dentro de alguns anos”.

Mesmo assim, o futuro é promissor. Cada novo teste representa um passo rumo a um cenário em que a cegueira causada por degenerações da retina pode se tornar reversível e, como diria Sheila, uma chance de “ver o mundo e as palavras de novo”.

A IA fecha a porta? Jovens enfrentam mercado de trabalho mais apertado na era da inteligência artificial

🤯 Parece ironia, mas é real: os jovens que cresceram no mundo digital estão sendo os primeiros a sentir o peso da revolução da inteligência artificial. Dois novos estudos mostram que a IA está reduzindo as oportunidades de entrada no mercado de trabalho para profissionais mais novos, especialmente entre 22 e 25 anos — enquanto a galera com mais de 35 está navegando bem nessa onda.

Um dos estudos, feito por pesquisadores de Stanford, analisou milhões de registros da ADP, a maior processadora de folhas de pagamento dos EUA. O resultado? Desde o fim de 2022, quando os modelos generativos começaram a se popularizar, as vagas mais expostas à IA, como desenvolvedores de software e atendentes de call center, estão em queda entre os jovens.

💼 Enquanto isso, os profissionais mais experientes dessas mesmas áreas mantiveram seus empregos (ou até cresceram). A diferença é gritante: entre pessoas de 22 a 25 anos, o emprego nessas ocupações caiu 6% até julho de 2025, enquanto entre os 35+, subiu de 6% a 9%. Só entre desenvolvedores, a queda entre os mais jovens foi de 20% desde o fim de 2022.

O economista Erik Brynjolfsson, autor do clássico The Second Machine Age e um dos responsáveis pela pesquisa, aponta que essa é a primeira evidência real do impacto da IA sobre empregos, indo além das previsões teóricas.

🤖 Mas o que explica essa diferença? Segundo os pesquisadores, a IA substitui com facilidade o tipo de conhecimento que muitos jovens recém-formados oferecem, o aprendizado “de livro-texto”, ensinado em cursos e faculdades. Já os veteranos têm o que os cientistas chamam de “conhecimento tácito”, aquele adquirido na prática, que é muito mais difícil de automatizar.

Como observou o pesquisador Pedro Burgos, em conversa ao MundoCoop esse cenário mostra que “a IA multiplica a capacidade humana, e quem tem conhecimento de domínio e sabe validar resultados — inclusive corrigir as alucinações da IA — tem ouro nas mãos”.

🤝 Outro ponto curioso é que o impacto negativo é mais forte em áreas onde a IA substitui o trabalho humano. Em setores onde ela atua como parceira (ou “aumenta” o trabalho humano), o cenário é bem diferente. É o caso de marketing, design e comunicação, onde o emprego entre jovens cresceu entre 3% e 4% desde o fim de 2022.

E não é só o estudo de Stanford que acende o alerta. Pesquisadores de Harvard chegaram a conclusões parecidas: nas empresas que começaram a adotar IA (medido por anúncios de vagas para “integradores de IA”, por exemplo), o número de empregos juniores caiu 7,7% em apenas seis trimestres, enquanto as posições seniores continuaram em alta.

📉 Mais do que demissões, o problema está na redução das novas oportunidades. As empresas que abraçaram a IA contrataram 22% menos juniores após 2023, preferindo promover quem já estava dentro em vez de abrir portas para quem está chegando agora.

E o efeito não é igual pra todo mundo. A curva é em formato de “U”: os formados por universidades de elite (como Harvard, Stanford ou MIT) seguem sendo disputados — eles trazem competências difíceis de substituir, como pensamento analítico e tomada de decisão complexa. Já quem vem de instituições menos prestigiadas se mantém em funções mais operacionais (e menos custosas). O grupo mais afetado? Aqueles de universidades de prestígio intermediário, caros demais para tarefas básicas e sem o capital simbólico para cargos estratégicos.

🤔 No fim das contas, as duas pesquisas apontam na mesma direção: a IA está mudando a base do mercado de trabalho. Os degraus de entrada — os estágios, as vagas júnior — estão sendo corroídos, e a transição entre faculdade e primeiro emprego nunca pareceu tão estreita.

Para as empresas, o desafio é equilibrar produtividade e desenvolvimento de talentos. Para os jovens, é entender como se destacar em um mercado que valoriza cada vez mais o que a máquina ainda não sabe fazer: pensar criticamente, adaptar-se e criar.

Final de Stranger Things terá exibição nos cinemas: o adeus de Hawkins vai ser gigante

Giphy / Reprdução

🧇 Prepare o waffle, o casaco dos anos 80 e o ingresso do cinema, porque o fim de “Stranger Things” vai ser literalmente épico. A Netflix anunciou que o episódio final da série, um especial de duas horas chamado “The Rightside Up”, será exibido nos cinemas ao mesmo tempo em que estreia na plataforma. A sessão global acontece no dia 31 de dezembro, a partir das 19h (horário de Brasília), e vai se estender até o primeiro dia de 2026.

Ou seja: vai dar pra virar o ano entre o Mundo Real e o Mundo Invertido.

🎞️ Essa é a primeira vez que um episódio de série original da Netflix ganha lançamento oficial nas telonas, o que mostra o tamanho do fenômeno que “Stranger Things” se tornou. Segundo a empresa, os detalhes sobre quais cinemas vão exibir o capítulo serão divulgados em breve.

Os criadores da série, Matt e Ross Duffer, já tinham deixado escapar o desejo de ver o final sendo exibido como um evento cinematográfico. “As pessoas não fazem ideia de quanto tempo e esforço vão para o som e a imagem — e acabam vendo tudo com qualidade reduzida”, disse Matt. “Mais do que isso, é sobre vivenciar esse momento junto com os fãs”.

💬 Ross completou: “Seria incrível ver todo mundo reunido, gritando, vibrando, chorando junto. Seria uma experiência comunitária, do jeito que a gente sonhou lá no começo”.

E parece que o sonho virou realidade. Depois da entrevista dos Duffer à Variety, as redes sociais explodiram com pedidos para que a Netflix levasse o final aos cinemas. Um post da revista no Instagram chegou a 40 mil curtidas, com fãs dizendo coisas como “a Netflix perdeu a chance de um evento histórico” e “imagina todo mundo fantasiado assistindo juntos!”.

A pressão deu certo

🍿 Apesar de a Netflix historicamente preferir lançar seus títulos direto no streaming, a empresa vem testando cada vez mais o formato híbrido. Filmes como “KPop Demon Hunters” e o aguardado “As Crônicas de Nárnia”, de Greta Gerwig, já ganharam sessões em IMAX e estreias limitadas antes de chegarem ao catálogo.

Mas com “Stranger Things”, o movimento é diferente: é uma despedida. Uma última chance de ver Eleven, Mike, Dustin e companhia em tela grande, com som de cinema e aquela nostalgia que só a série sabe provocar.

📅 Ainda não foi divulgado se as sessões serão só nos Estados Unidos ou teremos a estreia em tela grande por aqui também. Mas anote aí: 31 de dezembro, às 19h. Prepare-se para dar adeus a Hawkins e, quem sabe, brindar o ano novo com lágrimas (e Demogorgons).

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