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De pelúcia esquisita a hit fashion: o mundo se rendeu ao Labubu #364
➜ EDIÇÃO 364



O bonequinho excêntrico que virou febre mundial (e item de luxo)

Pop Mart / Reprodução
🤯 O que começou como um brinquedo fofo e alternativo virou uma febre global que mistura moda, cultura pop, colecionismo e — por que não? — luxo. O Labubu, essa criaturinha com cara de pelúcia e um visual entre o estranho e o adorável, está conquistando uma legião de fãs pelo mundo e movimentando fortunas com caixinhas-surpresa.
Criado pelo artista Kasing Lung em parceria com a marca chinesa Pop Mart, o Labubu surgiu no cenário dos chamados art toys, aqueles brinquedos de design colecionável que vivem mais nas prateleiras estilosas do que nos playgrounds. Ele apareceu primeiro como parte da série The Monsters e, desde então, se multiplicou em versões temáticas: tem Labubu sonhador, de Halloween, vestido de sushi... cada um mais diferentão que o outro.
🧸 Mas não pense que ele é só bonitinho: o fenômeno virou coisa séria. Em apenas 24 horas, a Pop Mart adicionou US$ 1,6 bilhão ao patrimônio do seu CEO, Wang Ning, impulsionada por vídeos de unboxing, lançamentos limitados e uma comunidade que cresce a cada novo drop. Tudo isso com uma estratégia baseada em escassez — você compra sem saber qual versão vai receber, o que transforma cada caixa em uma espécie de loteria fashion.
E não para por aí: celebridades como Rihanna, Lisa do BLACKPINK, Virginia, Marina Ruy Barbosa e até o cantor egípcio Ahmed Saad já apareceram nas redes mostrando seus Labubus com orgulho. O resultado? Gente do mundo inteiro querendo o seu também.
📈 Nos EUA, os preços podem ser até 60% maiores que na China — e, mesmo assim, os estoques evaporam. No Brasil, a febre chegou com força: as buscas por “Labubu” no Google subiram impressionantes 2.820% em abril. E os bonecos já são vendidos por até R$ 1.500 em marketplaces, mesmo sem uma loja oficial por aqui.
Mas o que explica essa paixão toda? Parte disso vem do formato das blind boxes, que geram aquele misto de ansiedade e empolgação na hora de abrir — o mesmo tipo de emoção que faz as pessoas amarem figurinhas ou surpresinhas de ovos de chocolate. Além disso, o Labubu virou símbolo de identidade entre jovens e adolescentes, especialmente em um mundo onde colecionar algo que pareça único ajuda a reforçar o senso de individualidade.
👜 A estética excêntrica do personagem — uma mistura de monstrinho e mascote fofo — também fala diretamente com a nova geração, que adora o que foge do padrão. Em comunidades online, fãs compartilham suas coleções, desenham versões próprias e até dizem que o hobby ajuda a lidar com ansiedade e criar amizades.
No fim das contas, o Labubu é um pouco de tudo: arte, mimo, autoexpressão e investimento. É brinquedo, mas é fashion. É pelúcia, mas é hype. E com a Pop Mart dominando o mercado dos colecionáveis premium, parece que o monstrinho ainda tem muita história (e caixa) pra abrir.⚡


TikTok quer construir mega data center no Ceará, mas tem um detalhe: a falta água
📱 O TikTok, além de dominar os vídeos curtos e os trends, agora quer também marcar presença com força no Brasil — mais precisamente em Caucaia, no Ceará, onde pretende construir um mega data center. A ideia parece ótima para a economia local e para os memes em alta velocidade, mas tem um probleminha: a região tem um histórico pesado de secas.
Segundo uma reportagem do Intercept Brasil, o projeto bilionário (coisa de R$ 55 bilhões) vai ser tocado pela Casa dos Ventos, uma empresa que já atua com energia eólica. E apesar do tamanho da grana envolvida, parece que ninguém da área ambiental foi chamado pra conversar até agora.
🎯 A escolha de Caucaia tem seus motivos: a cidade fica perto de vários cabos submarinos, o que ajuda no tráfego de dados e melhora a conexão; além disso, conta com uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE), onde as empresas operam com menos impostos e menos burocracia. O pacote é atrativo, e o TikTok venceu gigantes como Google, Amazon, Facebook e Apple, que também estavam de olho nesse pedaço do mapa.
Só que data centers não são exatamente ecológicos. Esses prédios cheios de computadores funcionando dia e noite precisam de muita água para resfriamento — estamos falando de milhões de litros. E aí vem o ponto sensível: Caucaia já enfrentou seca em 16 dos últimos 21 anos. Em 2019, por exemplo, mais de 10 mil pessoas foram afetadas pela falta d’água. E o TikTok quer colocar ali um projeto com sede… de água.
🌵 E não é só Caucaia: segundo a reportagem, outros três data centers gigantes estão com projetos avançados para se instalar em regiões com histórico de seca, como Campo Redondo (RN) e Igaporã (BA). Parece que esse roteiro vai se repetir mais de uma vez.
Procurado pelo Intercept, o TikTok preferiu ficar em silêncio. Já a Casa dos Ventos disse que está focada em transformar o Porto do Pecém num polo de tecnologia e energia renovável, com direito a hidrogênio verde e tudo mais — e que está buscando parceiros para viabilizar o projeto.
💧 Agora fica a pergunta: dá pra juntar desenvolvimento tecnológico com responsabilidade ambiental? A história de Caucaia promete trazer essa discussão à tona — no TikTok e fora dele.⚡


EaD com novas regras!
🤯 O Ministério da Educação (MEC) resolveu mexer nas engrenagens do ensino superior a distância (EaD) e lançou um novo conjunto de regras para garantir que os cursos tenham mais qualidade e que os alunos realmente aprendam — e não apenas assistam videoaulas no 2x.
Depois de meses de conversa com especialistas, universidades e conselhos da área, o governo publicou um decreto com o novo marco regulatório. E tem mudança grande vindo aí!
Chega de 100% online
A principal virada é: nenhum curso de graduação (seja bacharelado, licenciatura ou tecnólogo) vai poder ser 100% EaD. A ideia é que sempre haja uma parte do curso com atividades presenciais e outras com interação ao vivo.
🏫 Agora os cursos podem ser oferecidos em três formatos:
Presencial: pelo menos 70% da carga horária com aulas físicas, laboratórios, estágios etc.
EaD: maioria da carga horária online, mas com no mínimo 10% de aulas presenciais e 10% de atividades síncronas (aquelas ao vivo, com aluno e professor no mesmo horário).
Semipresencial: novo formato oficializado pelo MEC, com pelo menos 30% de atividades presenciais e 20% de aulas ao vivo. Aqui entra também a exigência de grupos pequenos e controle de frequência nas aulas síncronas.
Atividades agora têm nomes (e regras)
🧑🎓 A norma também padroniza os tipos de atividade:
Presenciais: professor e aluno no mesmo lugar e horário.
Assíncronas: aulas gravadas ou atividades feitas em momentos diferentes.
Síncronas: ao vivo, mas professor e aluno em locais diferentes.
Síncronas mediadas: aulas ao vivo com interação, grupos pequenos e apoio pedagógico.
Cursos que não podem ser EaD
🩺 O MEC colocou o pé no freio para alguns cursos. Medicina, por exemplo, será 100% presencial — nada de ensino remoto. Já direito, odontologia, enfermagem e psicologia poderão ter, no máximo, 30% de atividades EaD.
Outros cursos das áreas de saúde, educação, engenharia, ciências naturais, agricultura e afins também não poderão ser oferecidos totalmente online. Eles terão que ser presenciais ou semipresenciais.
💊 Exemplos? Fisioterapia, farmácia, nutrição, biomedicina, educação física e medicina veterinária.
Estrutura física é obrigatória
Mesmo cursos a distância vão precisar ter estrutura no mundo real. As instituições terão que garantir polos EaD com salas de estudo, laboratórios (quando necessário) e internet de qualidade. E nada de dividir o mesmo polo com outras faculdades.
Dois anos para se adaptar
🗓️ As instituições têm até dois anos para se ajustar às novas regras. Durante esse tempo, elas precisam garantir que os estudantes consigam concluir seus cursos no formato em que se matricularam.
Avaliação? Tem que ser presencial
Cada disciplina dos cursos EaD vai precisar de pelo menos uma prova presencial. E não é só marcar presença: essa prova será o principal critério para a nota final. A ideia é evitar fraudes e valorizar habilidades de argumentação, análise e prática.
Chegou o mediador pedagógico
🧑🏫 A nova política também cria uma função nova: mediador pedagógico. Ao contrário do tutor (que cuida só da parte administrativa), o mediador tem formação na área e deve apoiar os alunos nas dúvidas e no aprendizado.
Esse profissional precisa estar registrado no MEC e no Inep, com número compatível com a quantidade de estudantes que acompanha.
😀 Com essas mudanças, o MEC quer garantir que o EaD no Brasil não seja sinônimo de ensino fraco e diploma fácil. A ideia é equilibrar flexibilidade com qualidade, para que os estudantes realmente saiam prontos para o mercado. Vamos acompanhar!⚡


Quando enfrentar gigantes vira missão pessoal

Netflix / Reprodução
🤔 Você já parou pra pensar no que tem na sua água? Pois é justamente essa pergunta que move o suspense jurídico O Preço da Verdade (2019), dirigido por Todd Haynes e estrelado por um Mark Ruffalo em modo “advogado obstinado”. Baseado em uma história real, o filme traz aquele tipo de enredo que vai crescendo devagar, mas quando você percebe, já tá indignado, tenso e querendo processar meio mundo junto com o protagonista.
A trama gira em torno de Robert Bilott, um advogado corporativo que passou a carreira defendendo grandes empresas químicas. Até que um dia, um fazendeiro do interior aparece com uma caixa cheia de vídeos e uma desconfiança: o gado dele está morrendo, e a DuPont, aquela mesma que fabrica de tudo um pouco (de Teflon a produtos industriais), pode estar envenenando a água da região.
🕵️ Curioso, Bilott resolve investigar. E aí começa a virada: de aliado das corporações, ele passa a enfrentá-las. O que começa como um caso aparentemente pequeno se revela um escândalo ambiental de proporções globais — com documentos escondidos, estratégias sujas e uma substância química perigosa que estava (e talvez ainda esteja) na vida de muita gente.
Mais do que um filme de tribunal
O grande mérito de O Preço da Verdade é transformar um assunto supertécnico — poluição química, regulação ambiental, litígios corporativos — em um thriller de gente comum. Aqui, o suspense não vem de perseguições ou explosões, mas da frustração crescente de alguém tentando fazer o certo num sistema que parece todo montado pra proteger os poderosos.
💼 Mark Ruffalo, que também produziu o filme, entrega uma atuação contida e intensa, bem diferente do seu Hulk do MCU. Ele interpreta Bilott como um cara normal, metódico, que vai se afundando em documentos e reuniões enquanto sua vida pessoal começa a desmoronar. Anne Hathaway aparece como sua esposa, trazendo um contraponto emocional importante, mostrando o impacto pessoal da luta por justiça.
Um alerta com base real
O mais assustador? Tudo isso aconteceu. O caso real contra a DuPont levou mais de 20 anos e revelou que o produto químico PFOA (ou C8), usado na fabricação do Teflon, era altamente tóxico e estava contaminando rios, solo, animais — e claro, pessoas. A substância foi ligada a diversos problemas de saúde, incluindo câncer.
💰 Em 2017, depois de muita pressão e processos, a DuPont e empresas associadas concordaram em pagar mais de US$ 670 milhões em indenizações. Mas os efeitos continuam por aí — porque, como o filme mostra, o C8 não sai do corpo e nem do meio ambiente. É o tipo de produto “pra sempre”, só que no pior sentido possível.
Por que assistir?
Porque é um daqueles filmes que te faz sair da sessão com mais perguntas do que respostas. O Preço da Verdade não entrega uma catarse fácil. Ele mostra que fazer justiça, na vida real, é um processo lento, solitário e cheio de obstáculos — mas ainda assim necessário.
🍿 E mais: ele te convida a olhar com mais atenção pra aquilo que parece invisível no dia a dia — como a composição da sua panela antiaderente ou o que escorre da sua torneira. No fim das contas, é sobre coragem moral num mundo onde interesses econômicos falam mais alto. Um baita lembrete de que, às vezes, a verdade custa caro. Mas vale cada centavo.⚡

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