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Esquecimento, confusão, distração... O cérebro sentiu a pandemia #437
➜ EDIÇÃO 437



Uber Teens aposta no “alívio parental” com a campanha: “Avisamos quando eles chegarem”
🧒 A Uber finalmente sacou qual é a boa pra vender corridas pra adolescentes: em vez de prometer liberdade pros filhos (e deixar os pais arrancando os cabelos), a marca resolveu mirar direto no coração apertado de quem manda no cartão de crédito. Com o slogan “Avisamos quando eles chegarem”, a nova campanha da Uber Conta Teens é sobre dar autonomia aos jovens — mas com aquele modo vigilância ativado pros pais dormirem tranquilos.
Liberdade com GPS embutido
Nada de anúncios dramáticos, cenas de ação ou discursos emocionais. A campanha, que já tá rodando em TV, redes sociais e mídia de rua, foca no mundano mesmo: sair da escola, ir pro shopping, visitar a casa do amigo. Coisas simples, mas que normalmente exigem um adulto de plantão (ou um Uber pago às pressas no meio da reunião).
👪 Só que agora, a Uber acerta na mosca ao dizer: não estamos dando liberdade pros teens, estamos dando controle pros pais. É marketing com leitura precisa da psicologia familiar moderna.
O que sustenta esse papo?
Os números falam por si:
82,5% dos pais já deixaram de fazer algo pra levar ou buscar filho;
80,2% se sentem mais seguros com o serviço;
75% dizem que agora têm mais tempo pra si;
83% afirmam que os filhos passaram a fazer atividades que antes não rolavam por falta de carona.
Os recursos da Uber Teens (com nomes que parecem gíria de dublagem de anime):
U-Acompanha: o trajeto pode ser acompanhado em tempo real, com nome do motorista e tudo
U-Código: a corrida só começa quando o adolescente dá o código pro motorista. Nada de embarque errado
U-Ajuda: detecta mudanças esquisitas de rota ou paradas fora do script
U-Áudio: todas as corridas têm gravação criptografada — tipo caixa-preta de avião, só que em quatro rodas.
A sacada genial: transformar carona escolar em business
🏠 A pesquisa com 3 mil pais revelou que o uso número 1 da conta Teens é o tradicional “escola-casa-escola”. E, convenhamos, transporte escolar é um caos: van atrasada, motorista novo todo mês, falta de flexibilidade… A Uber viu aí um mercado valioso e cheio de dor de cabeça pra resolver — com monitoramento de luxo e app bonito.
Pedro Thompson, chefão do marketing da Uber no Brasil, traduziu a ideia assim: “Queremos estar conectados com quem importa”. Em linguagem real oficial: não estamos te afastando do seu filho, estamos te dando olhos de satélite e motorista particular ao mesmo tempo.
A real
🚗 A Conta Teens da Uber é daquelas ideias que agradam os dois lados: resolve a exaustão dos pais-motoristas e dá aos adolescentes o gostinho da liberdade, com um Wi-Fi de responsabilidade em tempo real. E, claro, tudo isso monetizado com carinho.
Sim, os nomes dos recursos com “U-” podem até dar uma leve vergonha alheia, mas funcionam. No fim das contas, a Uber entendeu algo simples: num mundo onde todo pai rastreia o filho pelo celular, um app que já faz isso com motorista incluso é o tipo de solução que se vende sozinha.⚡


Conversas do ChatGPT estão parando no Google — e ninguém te avisou
🤯 Imagina você trocando uma ideia sincera com o ChatGPT, desabafando sobre a vida, traumas ou crises existenciais, achando que a conversa tá só entre você e o robô. Pois é… só que não.
Nos últimos dias, descobriu-se que várias conversas “privadas” feitas no ChatGPT estavam sendo indexadas pelo Google — ou seja, qualquer pessoa podia encontrar esses papos com uma busca rápida. E não estamos falando de piadinhas ou brainstorming de trabalho, não. Tinha de tudo: relatos de abuso, lutas contra vício, crises de saúde mental, até gente achando que a IA estava... espionando.
O que rolou, afinal?
🔗 A treta começou com um recurso chamado “Compartilhar”, que criava um link público da sua conversa pra você enviar pra alguém. Mas o que muitos não sabiam é que esses links ficavam acessíveis ao Google, o que transformava desabafos íntimos em resultados de busca visíveis para milhões.
E mesmo que seu nome não aparecesse, bastava um ou outro detalhe específico — tipo localização, nome de parente, ou sua profissão — pra qualquer um conseguir te identificar.
🚒 Depois que a Fast Company soltou a bomba, a OpenAI correu pra apagar o incêndio: tirou o botão de compartilhamento do ar e disse que o recurso foi um “experimento de curta duração” que acabou saindo do controle. Segundo o diretor de segurança da empresa, Dane Stuckey, eles estão trabalhando com o Google pra remover o conteúdo indexado.
O problema é maior do que parece
Mesmo com esse recurso removido, estima-se que cerca de 4.500 conversas já estavam aparecendo nas buscas. Pode ser até mais, já que o Google nem sempre indexa tudo de uma vez. 😬 E o timing não podia ser pior: uma pesquisa recente mostrou que quase metade dos americanos usaram o ChatGPT pra buscar apoio emocional ou psicológico.
3 em cada 4 buscaram ajuda pra ansiedade;
2 em cada 3, pra questões pessoais;
Quase 60% falaram sobre depressão.
Agora, pensa nesses relatos todos aparecendo por aí — sem aviso, sem contexto e com risco de exposição.
Mas pera aí, a culpa é de quem?
🌐 Tecnicamente, o Google só indexa conteúdos públicos. E os links só ficam públicos se o usuário gerar e compartilhar. O problema é que muita gente não sabia que esses links podiam ser rastreados. A OpenAI até tem alertas sobre “não compartilhar dados sensíveis”, mas... quem lê tudo isso antes de clicar em “copiar link”?
Especialistas estão caindo matando. A pesquisadora Carissa Véliz, de Oxford, em conversa com a Fast Company, foi direta: “Mais uma prova de que a OpenAI não leva a privacidade a sério, por mais que diga que sim”.
A lição aqui?
🔒 Antes de tratar uma IA como terapeuta, amigo ou confidente digital, vale lembrar que nem tudo que parece privado realmente é. O CEO da OpenAI, Sam Altman, já tinha dado o recado: “Não compartilhe nada muito pessoal, porque podemos ser legalmente obrigados a divulgar”.
Então, se você for desabafar com o ChatGPT, melhor manter no modo confidencial… sem compartilhar o link com ninguém — muito menos com o Google.⚡


Pandemia fez o cérebro envelhecer, até de quem nunca teve covid
🧠 Se você sentiu que saiu da pandemia mais cansado, esquecendo as coisas e com a cabeça meio fora do lugar… você não está sozinho. E agora a ciência dá razão ao seu feeling: um estudo inédito liderado pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido, mostra que a pandemia pode ter acelerado o envelhecimento do nosso cérebro — mesmo entre quem nunca foi infectado pela covid-19.
Segundo os pesquisadores, o efeito foi o equivalente a 5 meses e meio de envelhecimento cerebral extra. Nada muito visível num exame comum, mas suficiente para deixar marcas em funções cognitivas como memória, atenção, raciocínio e tomada de decisão.
O culpado não foi só o vírus
🤔 Diferente do que muita gente pode imaginar, o maior vilão aqui não foi o coronavírus em si, mas sim o pacote completo do caos pandêmico:
– Isolamento social,
– Estresse crônico,
– Crise econômica,
– Preocupações constantes com saúde e segurança.
Tudo isso impactou o cérebro de forma difusa e sutil, segundo o pesquisador Ali-Reza Mohammadi-Nejad. A análise focou na substância cinzenta (que cuida da parte “pensante”) e na branca (que conecta tudo), com ajuda de imagens cerebrais e IA para medir o quanto o cérebro “parece mais velho” do que deveria.
Como foi feito o estudo?
🧪 Eles usaram um banco de dados gigante do UK Biobank, com quase mil voluntários que fizeram exames antes e depois da pandemia. Parte do grupo nunca pegou covid, e a maioria dos que pegaram tiveram casos leves. Com base em mais de 15 mil exames de pessoas saudáveis, o time criou um modelo que calcula a “idade cerebral” de alguém. Resultado? A pandemia bateu forte até em quem não ficou doente fisicamente.
A desigualdade bateu no cérebro também
Um dado importante do estudo é que pessoas de contextos socioeconômicos mais vulneráveis sofreram mais esse envelhecimento cerebral. Segundo os autores, esse grupo enfrentou estresse maior, menos acesso à saúde e redes de apoio — o que pode ter amplificado o impacto da pandemia no cérebro.
🦠 Ou seja, o vírus pode até ter sido democrático, mas os efeitos indiretos bateram mais forte em quem já vivia na corda bamba.
Ainda não dá pra dizer que isso causa demência
Calma, não precisa sair desesperado. Os pesquisadores foram bem cautelosos: não dá pra afirmar que esse envelhecimento aumenta o risco de doenças como Alzheimer ou Parkinson. Mas estudos anteriores já mostraram que um “gap” entre a idade real e a cerebral pode sim estar relacionado a maior vulnerabilidade neurológica.
🔍 A equipe pretende continuar acompanhando os voluntários pra ver se há alguma reversão nos próximos anos. Por enquanto, a recuperação do cérebro segue como uma interrogação.
Tem como rejuvenescer o cérebro?
O estudo não testou tratamentos, mas o pesquisador listou algumas práticas que podem proteger o cérebro do estresse pandêmico:
Atividade física regular
Boa qualidade de sono
Estímulo cognitivo (ler, estudar, aprender coisas novas)
Manter conexões sociais
🫡 Mas atenção: ainda não há provas de que isso reverta os efeitos já registrados — o que se sabe é que ajuda a manter o cérebro em forma e resiliente.
E os efeitos da saúde mental?
Vale dizer que o estudo deixou de fora quem já tinha diagnósticos graves de depressão, por exemplo. Mas isso não significa que pessoas sem diagnóstico não tenham sofrido. Muito pelo contrário: o impacto de sintomas leves ou não diagnosticados de ansiedade, depressão e burnout sobre o cérebro ainda é uma área cheia de perguntas sem resposta.
🗞️ Segundo a Superinteressante, a ciência já vem há anos investigando como traumas e estresse crônico podem deixar marcas duradouras no cérebro — inclusive afetando regiões como o hipocampo (essencial para memória) e o córtex pré-frontal (onde mora a tomada de decisão).
Em resumo
A pandemia envelheceu o cérebro de todo mundo — não só de quem pegou covid;
O impacto foi equivalente a 5,5 meses extras de envelhecimento cerebral;
Estresse, isolamento e incerteza foram os grandes culpados;
Mais pobres e vulneráveis sofreram mais;
A ciência ainda não sabe se dá pra reverter esses efeitos, mas vida saudável e conexões humanas parecem ajudar.
💤 Então se você sente que ficou meio “desligado” depois da pandemia… pode ser seu cérebro pedindo férias atrasadas.⚡


Spotify vai pesar mais no bolso

Giphy / Reprodução
😡 O momento que ninguém curte chegou: o Spotify anunciou um novo reajuste nos preços dos seus planos no Brasil — e sim, é mais uma subida. A partir desta semana, as mensalidades vão ficar entre 8% e 17% mais caras, dependendo do plano.
A mudança faz parte de um reajuste global que também atinge usuários da Ásia, Europa, América Latina, Oriente Médio e outros cantos do planeta. Segundo o Spotify, a ideia é continuar investindo em recursos, melhorar a experiência da plataforma e, claro, manter a playlist rodando com novidades. Tudo isso “exige atualização de preços de tempos em tempos” — palavras da própria empresa.
📅 E se você já é assinante, relaxa (um pouco): a cobrança nova só entra na fatura de setembro. Já quem for assinar agora, já entra no clima com os valores atualizados.
Veja como ficaram os preços:
Plano | Valor novo | Valor antigo | Aumento |
Estudante | R$ 12,90 | R$ 11,90 | +8,4% |
Individual | R$ 23,90 | R$ 21,90 | +9,1% |
Duo | R$ 31,90 | R$ 27,90 | +14,3% |
Família | R$ 40,90 | R$ 34,90 | +17,2% |
📈 Ou seja, o plano Família foi o que mais subiu — mais de seis reais de diferença por mês. Já o plano Estudante teve o aumento mais “modesto”, ficando só um real mais caro.
O que isso muda pra você?
Se você curte dividir a conta com alguém ou tem uma galera ouvindo no mesmo plano, talvez valha a pena revisar se o pacote ainda faz sentido — principalmente com o aumento no Duo e Família. E se você não aguenta mais anúncio entre as músicas, talvez seja a hora de decidir se o novo preço ainda cabe no orçamento.
💸 No fim das contas, o Spotify continua sendo o queridinho dos streamings de música, mas a cada aumento fica mais difícil ignorar os concorrentes ou até pensar em um revezamento de apps (toca uma música triste aí, DJ).⚡

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