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O canguru embarcou na mentira — e a internet foi junto #372
➜ EDIÇÃO 372



Canguru com passagem vira o “Papa Balenciaga” dos vídeos de IA e inaugura nova era dos deepfakes virais

Reprodução
🦘 Se você ainda não viu o vídeo do canguru educadíssimo esperando pra embarcar com sua passagem aérea, bem... provavelmente não passou muito tempo no X (ex-Twitter) essa semana. A cena viralizou com força: foram mais de 74 milhões de visualizações. E não, o bichinho não ia mesmo pegar um voo — tudo foi gerado por inteligência artificial.
O novo marco dos vídeos fakes
Esse canguru fofo, que segurava o bilhete com toda a tranquilidade do mundo, pode até parecer saído de uma comédia australiana, mas na real ele marca um momento histórico: é o primeiro vídeo feito por IA que viralizou de forma natural, sem que a maioria das pessoas percebesse que era fake. É tipo o “Papa de Balenciaga” das imagens IA, só que agora no mundo dos vídeos. E se depender do que o Google mostrou com o Veo 3, isso aqui é só o começo.
Como esse vídeo enganou geral?
📱 O clipe foi postado originalmente no Instagram pelo perfil Infinite Unreality, que vive soltando vídeos insanos gerados por IA. A fórmula do sucesso?
Cenário crível: Tem gente que já tentou viajar com jacaré “de apoio emocional”, por que não um canguru?
Execução meio torta: Estranho o suficiente pra chamar atenção, mas não tão estranho a ponto de levantar suspeitas logo de cara.
Detalhe fofo: O canguru segurando a passagem derrete qualquer um.
Áudio maluco: As pessoas falam um monte de nonsense — mas como vídeos no X começam no mudo, ninguém percebe na primeira olhada.
📈 O resultado? O vídeo explodiu: só no perfil original foram quase 16 milhões de views e 1 milhão de curtidas. Repostado por perfis grandes como o DramaAlert, ganhou o mundo — com milhares defendendo o direito do canguru de embarcar. “Bro já passou pela segurança e alfândega, deixa ele entrar”, disse um usuário.
Mas dava pra perceber que era fake
Os indícios estavam ali:
Uma marca d’água discreta com o símbolo do infinito (do criador)
Mãos com aquele toque esquisito típico de IA
Áudio sem nexo nenhum
E claro… um canguru, segurando uma passagem de avião
😂 Mas mesmo assim, muita gente caiu. No fact-check do G1, leitores admitiram sem vergonha: “achei que era verdade”, “me enganou bonito”. A linha entre real e fake virou um borrão.
Deepfake bonitinho… mas sinistro
Esse vídeo vai além do “olha que fofinho”. Ele é um sinal de alerta: estamos entrando de vez na era dos vídeos sintéticos — onde não dá mais pra saber se algo é real ou só bem feito demais.
Em 2023, a imagem do Papa usando casaco da Balenciaga virou símbolo da ascensão das imagens falsas por IA.
Em 2025, o canguru de aeroporto é o estopim dos vídeos deepfake virais.
🤖 Como apontou uma matéria da Forbes, “antes era relativamente fácil perceber que algo era gerado por IA. Agora, as pistas sumiram. Às vezes, nem existem mais.”
O futuro é esquisito — e perigoso
As consequências não são só engraçadas:
Fake news em vídeo pode se tornar algo rotineiro
Extorsões com deepfakes realistas podem aumentar
E no meio de tanto conteúdo sintético, a gente pode começar a duvidar de tudo
O criador do vídeo até deixou pistas de propósito, como o áudio nonsense, talvez como um aviso. Mas e quando alguém quiser mesmo enganar?
🤔 No fim das contas, o mais bizarro é pensar que, num mundo onde as pessoas reais fazem coisas absurdas por likes, o conteúdo gerado por IA passa batido porque parece… comum demais.
O futuro chegou — e ele é feito de pixels.⚡


Gemini agora resume vídeos e responde perguntas no Google Drive

Google / Reprodução
🤯 Se você vive atolado em vídeos de reuniões, aulas ou apresentações no Google Drive, pode respirar aliviado. O Google acaba de liberar uma função que promete salvar seu tempo (e sua paciência): agora o Gemini pode resumir vídeos e responder perguntas sobre eles, direto do painel lateral do Drive.
Como funciona essa mágica?
Simples: abriu um vídeo no Drive (versão web)? É só clicar no ícone do Gemini no canto superior direito da tela. O assistente vai abrir um painel com um resumo automático do conteúdo. E tem mais — o próprio Gemini sugere comandos úteis, tipo:
“Resumir os principais pontos”
“Listar ações” (perfeito pra quem grava reuniões ou brainstorms)
📹 E se quiser ir mais fundo, dá pra digitar perguntas como “Quais são os destaques do vídeo?” — e o Gemini analisa tudinho pra responder rapidinho.
Por que isso é útil?
Nas palavras do próprio Google: “Vídeos contêm muita informação, mas voltar pra assistir tudo pode levar um tempão”. Então, com essa atualização, a ideia é deixar tudo mais ágil e prático pra quem precisa extrair o essencial sem dar play de novo.
Quem pode usar?
🤖 A novidade está sendo liberada aos poucos para quem tem o plano Google One AI Premium (agora rebatizado de AI Pro) e também para clientes dos seguintes pacotes do Google Workspace:
Business Standard e Plus
Enterprise Standard e Plus
Gemini Education e Gemini Education Premium
Importante: por enquanto, isso tudo só rola no computador. No app do Gemini no celular, ainda não dá pra usar a função com vídeos – só com imagens e documentos.
Mais uma novidade: contador de visualizações
📱 O Google também está adicionando uma nova função no Drive: um contador de quantas vezes um vídeo foi aberto. Essa info vai aparecer na aba de “Análises”, dentro do painel de Detalhes de cada arquivo.
Esse recurso será liberado para todos os usuários do Google Workspace, incluindo quem tem conta pessoal ou o plano Workspace Individual.
🤩 Ou seja: adeus, maratona de reunião gravada. O Gemini tá aí pra fazer o trabalho pesado por você.⚡


Como conquistar a Geração Z no ambiente de trabalho (sem precisar dançar no TikTok)
👨 A Geração Z — aquela galera nascida entre 1997 e 2012 — já está chegando com tudo no mercado de trabalho. E não é pouca coisa: até o fim de 2025, eles devem ocupar quase um terço das vagas no mundo, segundo a Zurich Insurance e o Fórum Econômico Mundial.
Só que, diferente das gerações anteriores, eles não entram só pra cumprir horário. Eles chegam com propósito, exigência e, principalmente, com uma vontade enorme de trabalhar em um lugar que faça sentido pra vida deles. E se isso não rolar, eles simplesmente... saem. De acordo com a Deloitte, quase metade dos jovens da Gen Z deixaria o emprego em até dois anos se não estiver alinhado com seus valores ou com a tão sonhada qualidade de vida.
Mais que ideologia: é produtividade
🙂 A Geração Z não quer saber de discurso bonito que não vira prática. Pra eles, valores como ética, diversidade, impacto social e equilíbrio mental não são “extras” — são o ponto de partida. Eles acreditam que isso está diretamente ligado à produtividade, à motivação e até ao lucro da empresa.
Claro que outras gerações também se importam com valores. Mas a Gen Z se destaca pela clareza e urgência com que defende essas ideias. Eles não querem esperar a mudança: querem liderar ela.
O que realmente importa pra Gen Z
📊 De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 60% dos Gen Zs e Millennials consideram os valores da empresa fator decisivo na hora de aceitar uma vaga. E pasme: 90% deles trocariam de emprego se encontrassem outro mais alinhado com o que acreditam.
Pra completar, a Gen Z se importa menos com estabilidade e salário fixo do que os Millennials. O foco agora está em crescimento pessoal e propósito — é o que aponta uma pesquisa da NielsenIQ.
🧑🎓 E mesmo que esses valores possam mudar com o tempo, hoje eles querem espaço pra criar, errar, aprender e se desenvolver, com o apoio da tecnologia que sempre esteve presente na vida deles.
Não gostou? Tô indo embora
Enquanto as gerações anteriores engoliam sapos esperando promoções, a Gen Z já tá saindo pela porta da frente quando o ambiente não bate com o que esperam. Eles não estão só reclamando: estão fazendo as malas e indo embora.
🤖 E essa rotatividade tem incomodado alguns líderes. Uma pesquisa da Hult International Business School revelou que 37% dos gestores preferem investir em IA do que contratar recém-formados. O motivo? Acham a Geração Z exigente demais e sem paciência pra esperar mudanças.
Tem até quem fale em “demissão por vingança”, quando o profissional sai de forma abrupta por causa de más experiências. Mas, no fundo, o que eles querem é simples: um ambiente de trabalho mais humano, saudável e alinhado com seus princípios.
Quer atrair (e manter) essa galera? Aqui vão algumas dicas:
1. Tecnologia não é luxo — é o mínimo
📱 A Gen Z respira tecnologia. Eles cresceram no universo do iPhone, TikTok, Netflix e inteligência artificial. Então, se sua empresa ainda usa e-mail como principal ferramenta de comunicação... talvez esteja na hora de se atualizar.
Eles querem trabalhar com plataformas modernas de gestão, comunicação e aprendizado. Segundo o CTA, 86% dos Gen Zs acreditam que a tecnologia é essencial tanto na vida pessoal quanto na profissional.
Dica bônus: oferecer acesso a plataformas de cursos como LinkedIn Learning, Skillshare ou MasterClass durante (ou fora) do expediente pode ser um baita diferencial.
2. Estimule a criatividade (sem precisar virar um Google da vida)
🎨 Eles não querem um escritório com escorregador, mas querem espaço pra pensar diferente. Criatividade e curiosidade são essenciais pra motivar essa galera.
Aqui vão algumas ideias simples:
Caixa de sugestões: virtual ou física, onde qualquer um pode dar ideias, desabafar ou propor algo novo.
Mentoria entre funcionários: um ajuda o outro a crescer, trocar ideias e aprender mais.
Valorize vitórias e fracassos: criar um ambiente onde errar faz parte do processo é essencial pra inovação acontecer.
No fim das contas…
😁 Se você quer conquistar (e manter) a Geração Z na sua equipe, não precisa prometer o impossível. Comece com o básico: escuta ativa, abertura pra mudanças, tecnologia acessível e espaço pra criatividade florescer.
Eles não estão pedindo demais — só querem um ambiente em que possam ser eles mesmos, crescer com propósito e sentir que fazem parte de algo maior.
🤔 E aí, sua empresa tá pronta pra isso?⚡


Netflix vai usar IA pra colocar anúncios em filmes e séries sem atrapalhar sua maratona
📺 Se depender da Netflix, o futuro dos anúncios vai ser mais esperto — e bem mais discreto. A empresa anunciou que, a partir de 2026, vai usar inteligência artificial pra inserir publicidade em filmes e séries de maneira sutil, especialmente para quem assina o plano com anúncios. A ideia foi revelada durante o evento Upfront e parece seguir a mesma linha do YouTube: menos interrupção, mais fluidez.
Nada de cortes bruscos no meio da sua série favorita. A nova tecnologia vai incluir anúncios de forma interativa, aparecendo como sobreposições na tela ou aproveitando aquelas pausas naturais durante o streaming. Segundo a própria Netflix, isso faz parte de um “novo framework modular” que usa IA generativa pra integrar os anúncios ao universo das produções. Em outras palavras: as propagandas vão tentar conversar com o conteúdo — e não brigar com ele.
🤖 Além disso, os anúncios virão com botões, atalhos e até call to actions pra te levar direto pra outras séries, filmes ou produtos. De acordo com Amy Reinhard, presidente de publicidade da Netflix, o objetivo é simples: entregar o anúncio certo, no momento certo, do jeito certo.
Por enquanto, a empresa não deu muitos detalhes técnicos — até porque o lançamento está previsto só pro ano que vem, então tudo ainda está em fase de desenvolvimento.
Plano com anúncios está bombando
📈 No mesmo evento, a Netflix aproveitou pra contar que o plano com anúncios já tem 94 milhões de usuários ativos por mês no mundo todo. E mais: essa versão é um sucesso entre o público jovem — segundo a empresa, alcança mais pessoas entre 18 e 34 anos do que qualquer canal de TV nos EUA.
Aqui no Brasil, o plano com anúncios custa R$ 20,90 e é uma das formas mais baratas de assinar a plataforma. Apesar da presença de propagandas, elas são bem dosadas e não interrompem cenas decisivas (ufa!).
YouTube também entrou na dança
📱 E falando em anúncios mais inteligentes, o YouTube também revelou uma novidade no mesmo dia. A plataforma vai usar IA pra descobrir os “picos” de atenção dos vídeos — e é logo depois desses trechos que o anúncio vai aparecer. A tecnologia, chamada de Peak Points, promete aproveitar os momentos de maior engajamento pra não desperdiçar a atenção do público.
Tanto Netflix quanto YouTube parecem estar apostando no mesmo caminho: menos interrupção e mais estratégia. No fim das contas, se os anúncios forem mesmo mais suaves e relevantes, talvez a gente até aceite conviver com eles sem pular tudo depois de cinco segundos. Talvez.⚡

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