➜ EDIÇÃO 363

Loja do Boticário só aceita lixo como forma de pagamento — e tá tudo bem!

🤯 Já pensou em pagar uma prancha de surfe do Gabriel Medina ou fones de ouvido do DJ Alok usando... embalagens vazias de cosméticos? Pois é, essa é a proposta inusitada (e bem consciente) da Boti Recicla Store, nova loja temporária do Boticário que abriu as portas em São Paulo entre os dias 23 e 25 de maio.

A ideia é simples e genial: a única moeda aceita por lá é o seu lixo reciclável. Basta levar embalagens vazias — de qualquer marca — e colocar na balança high-tech instalada na loja, no bairro de Pinheiros. O sistema pesa o material, calcula quanto CO₂ você está ajudando a reduzir com o descarte correto, e converte tudo em créditos que podem ser usados na hora.

⚖️ Os “preços” variam, mas com 700 gramas de resíduos recicláveis já dá pra sair com produtos da marca ou até experiências como cortes de cabelo. E sim, os itens especiais como os da parceria com Medina e Alok estão entre os mais disputados.

Apesar de ser uma ação pontual — só três dias e em uma loja específica — a iniciativa chama atenção. Não só pelo apelo de marketing (que é forte, claro), mas pela reflexão sobre o valor que a gente dá pro lixo. A Carolina Carrasco, diretora de Branding do Grupo Boticário, resume bem: “é beleza que se preocupa com o futuro”.

♻️ O grupo também não começou ontem nessa pegada sustentável: desde 2006, o programa Boti Recicla já espalhou mais de 4 mil pontos de coleta pelo país. Além disso, a marca tem investido em soluções como embalagens feitas com plástico reciclado e até tampas de perfume produzidas com óleo de cozinha usado.

No fim das contas, é verdade que mudanças reais na indústria exigem mais que ações de três dias. Mas, enquanto isso, iniciativas como essa ajudam a plantar uma sementinha na cabeça do consumidor — e mostrar que até o lixo pode ter valor quando o futuro é o que está em jogo.⚡

OpenAI compra startup de Jony Ive e promete lançar “o gadget mais legal do mundo”

💰 A OpenAI resolveu sair das telas e botar a mão no hardware! A empresa de Sam Altman anunciou a compra da io, startup de design e tecnologia cofundada por ninguém menos que Jony Ive — sim, o cérebro por trás do visual do iPhone, iPad, iMac e tudo mais que brilhou na Apple por duas décadas. A transação, avaliada em cerca de US$ 6,4 bilhões em ações, promete levar a IA da OpenAI para o mundo físico, com um dispositivo que ninguém sabe exatamente o que é… mas que já tem gente jurando que será revolucionário.

O que vem aí?

Altman e Ive apareceram juntos em um vídeo promocional de 10 minutos, parecendo super empolgados com a parceria, mas sem entregar praticamente nada sobre o que estão criando. O teaser terminou com um suspense: “Esperamos compartilhar nosso trabalho no próximo ano”. E é isso.

🔍 Mesmo assim, algumas pistas foram dadas:

• O tal dispositivo não quer substituir o smartphone. Altman disse que será algo totalmente novo, assim como os celulares foram um salto além dos laptops.

• Ive vai continuar tocando sua empresa LoveFrom de forma independente, mas assumirá o design de todos os produtos da OpenAI daqui pra frente — software incluso.

• A OpenAI vai absorver cerca de 55 engenheiros, designers e experts em fabricação da io, incluindo ex-peixes grandes da Apple como Evans Hankey e Tang Tan.

• Se tudo correr como o planejado, o primeiro produto chega ao mercado em 2026.

Críticas afiadas aos concorrentes

📌 Ive não perdeu tempo e já deu aquela alfinetada nos rivais. Ele chamou os gadgets de IA que surgiram nos últimos anos — tipo o Humane AI Pin e o Rabbit R1 — de “produtos muito ruins” e criticou a falta de inovação de verdade: “Tem faltado novas formas de pensar expressas em produtos”.

A crítica é pesada, especialmente se pensarmos que o Humane Pin, criado por outros ex-funcionários da Apple, mal sobreviveu dois anos no mercado antes de ser encostado por problemas sérios como superaquecimento.

Expectativas lá no alto

🥳Sam Altman não esconde o hype: contou que já levou um protótipo do novo dispositivo pra casa e cravou que é “a peça de tecnologia mais legal que o mundo já terá visto”. A frase é ousada, mas vinda do cara que colocou a IA no centro das conversas globais, a gente presta atenção.

Já Ive parece emocionalmente envolvido com o projeto. “Tenho uma sensação crescente de que tudo o que aprendi nos últimos 30 anos me levou até este momento.” Vem aí o novo iPhone da IA?

🤔 Agora é esperar até 2026 pra descobrir se essa dupla vai realmente reinventar a roda — ou, pelo menos, o botão Home.⚡

Poderia ter sido um e-mail, né

😡 Se tem algo que irrita o trabalhador brasileiro, é reunião que não leva a lugar nenhum. Segundo uma pesquisa da Read AI, especializada em gravações e resumos de reuniões, 47% dos entrevistados acham esses encontros o momento menos produtivo do dia. O levantamento foi feito com 583 profissionais que trabalham pelo menos 20 horas semanais em escritórios — ou seja, gente que sabe bem o que é entrar numa reunião sem saber por quê.

O estudo mostra um cenário já conhecido por muita gente: reuniões demais, pouco foco e muita sobrecarga. Cerca de 34% dos participantes disseram que participam de mais de seis reuniões por semana. E o que eles fazem enquanto isso? Quase três em cada quatro confessam que aproveitam o tempo da reunião para tocar outras tarefas ao mesmo tempo. Pra completar, quase metade já perdeu reuniões por causa de conflitos na agenda.

📉 Esse caos no calendário corporativo tem reflexo até nos números do país. Em 2024, o Brasil ficou entre os últimos no Ranking Mundial de Competitividade, na 62ª posição entre 67 países avaliados. O ranking considera itens como desempenho econômico, eficiência do governo e das empresas, e infraestrutura.

No cenário global, o desânimo também é visível. O engajamento profissional caiu de 23% para 21% neste ano, segundo a Gallup. E isso representa uma perda gigantesca: US$ 438 bilhões de dólares (cerca de R$ 2,4 trilhões) em produtividade.

Reunião demais, informação de menos

📊 Além da overdose de reuniões, os profissionais também apontaram outros vilões da produtividade: dificuldade para encontrar documentos (para 40% dos entrevistados), excesso de e-mails (39%), textos longos demais (32%) e e-mails antigos que somem do nada (27%). Ainda tem quem fique na missão impossível de achar arquivos de ex-funcionários — 27% já passaram por isso.

O resultado? Erros no trabalho. Cerca de 64% já pisaram na bola por não conseguirem acessar informações importantes a tempo.

O preço (caro) das reuniões

💸 Não é só o cansaço mental que pesa: as reuniões também têm um custo financeiro alto. A consultoria Bain & Company descobriu que só uma reunião presencial semanal com gerentes de uma grande empresa pode custar mais de US$ 15 milhões por ano. Isso considerando tempo, deslocamentos e energia gasta por todo mundo envolvido.

Quer ter uma ideia mais real? A Harvard Business Review criou uma calculadora que mostra quanto uma reunião custa, levando em conta a duração, o número de pessoas e seus salários. Uma reunião de uma hora por semana com quatro pessoas, sendo três ganhando R$ 8.500 e uma com R$ 13.000, custa aproximadamente R$ 16 mil por ano para a empresa. Sim, aquele papo que poderia ser resolvido por e-mail pode estar comendo o orçamento.

Um dia sem reuniões: sonho ou solução?

🙅 Cansadas de tanto bate-papo improdutivo, algumas empresas começaram a adotar o famoso "no meeting day". Nos Estados Unidos, a moda já pegou. Por lá, empresas como a Johnson & Johnson e a Sanofi já estabeleceram dias específicos em que reuniões internas são proibidas.

E funciona. De acordo com uma pesquisa do MIT Sloan, cortar as reuniões de um dia na semana reduziu o estresse em 26%. E pasme: eliminar as reuniões da semana inteira reduziu o estresse em 75%.

Antes de agendar, pense

🤔 Pra evitar que sua próxima reunião entre pra lista das mais odiadas, vale fazer um checklist básico:

• O assunto é mesmo urgente?

• Quem precisa realmente participar?

• Dá pra resolver com uma mensagem ou e-mail?

• Sua equipe já está sobrecarregada?

IA pode dar uma força

🤖 A boa notícia é que a inteligência artificial pode ajudar — e muito — a lidar com esse caos organizacional. Segundo a pesquisa da Read AI, os profissionais gostariam de automatizar tarefas como:

• integrar plataformas para facilitar o acesso a documentos e dados (46%)

• gerar insights a partir de grandes volumes de informação (39%)

• transcrever e resumir reuniões automaticamente (38%)

🫡 Resumindo: menos reuniões, mais foco, e quem sabe até um tempinho livre pra almoçar sem abrir o notebook.

Aproveita e confere 10 maneiras de tornar as reuniões mais eficazes, de acordo com a ciência.⚡

Chegou a hora da decisão

🥹 Chegou a hora de dar tchau para mais uma edição do Festival de Cannes — e claro, descobrir quem vai levar pra casa a cobiçada Palma de Ouro neste sábado (24). Considerado um dos prêmios mais prestigiados do cinema mundial, o troféu é um baita termômetro para o Oscar e coroa o melhor filme da Seleção Oficial do evento. Este ano, 22 produções estão na disputa.

Entre os favoritos está o representante brasileiro "O Agente Secreto", novo trabalho de Kleber Mendonça Filho estrelado por Wagner Moura. O longa foi exibido com casa cheia, arrancou aplausos por mais de 15 minutos e tem chances reais de subir no pódio — mas vai enfrentar concorrência de peso.

🏆 Curioso pra acompanhar tudo? Abaixo a gente te conta onde assistir a premiação, que horas começa e quem são os indicados.

Que horas e onde assistir à entrega da Palma de Ouro?

Anota aí: a cerimônia rola às 13h40 (horário de Brasília) e será transmitida ao vivo pelo canal oficial do Festival de Cannes no YouTube. Além da premiação, o canal mostra os bastidores do evento, como entrevistas, tapete vermelho, e flashes das conferências com os indicados.

🎞️ Só vale lembrar: os filmes concorrentes não são exibidos no canal. Eles passaram durante os 12 dias do festival, seguidos de debates e críticas que já ajudaram a criar o clima de favoritismo.

🎬 Quem são os indicados à Palma de Ouro 2025?

A competição está acirrada. Ao todo, são 22 filmes, e o brasileiro "O Agente Secreto" é um dos mais comentados — tanto que já foi adquirido pela distribuidora Neon nos EUA, um bom sinal para quem sonha com uma carreira internacional.

Mas tem mais gente forte no páreo. "Sentimental Value", estrelado por Elle Fanning, arrancou 19 minutos de aplausos (sim, você leu certo!), se tornando um dos filmes mais ovacionados da história de Cannes.

🏅 A lista completa dos indicados? Essa é grande, mas você pode conferir direto no site do festival.

Denzel Washington leva Palma de Ouro honorária

Além da disputa principal, Cannes 2025 também teve espaço para homenagens — e quem brilhou foi Denzel Washington, que recebeu a Palma de Ouro honorária por sua trajetória de 50 anos no cinema.

👏 A homenagem rolou antes da première de “Highest 2 Lowest”, novo filme dirigido por Spike Lee — uma releitura moderna de "High and Low" de Kurosawa, agora ambientado em Nova York. O longa estreia nos cinemas em 22 de agosto e chega ao Apple TV+ no dia 5 de setembro, com um elenco de responsa: A$AP Rocky, Ice Spice, Jeffrey Wright e, claro, Denzel.

Palma de Ouro: por que é tão importante?

Desde 1955, a Palma de Ouro é o grande troféu de Cannes — e ganhar esse prêmio muda o jogo. Muitas produções que brilharam no festival depois emplacaram no Oscar, como "Parasita", "O Pianista" e "Anora" (vencedor de Melhor Filme em 2024).

🌟 Mas nem tudo são flores: Cannes também adora uma escolha polêmica. No ano passado, por exemplo, "Emilia Perez" levou prêmios e foi super indicada ao Oscar, mas não caiu nas graças do público. Faz parte.

Agora é só preparar a pipoca (ou o cafezinho, já que é de tarde) e ficar de olho na transmissão.

🍿 E aí, qual seu favorito pra levar a Palma de Ouro? Tá torcendo pro Brasil?⚡

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