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Três anos de ChatGPT: Entre o hype, as tretas e o caos da IA #554
➜ EDIÇÃO 554



Entre luzes e verdades
🎄 Este ano, o Boticário decidiu que o Natal não seria só sobre presentes, abraços e fotos ao redor da mesa. Em vez disso, a marca resolveu abrir espaço para um assunto que muita gente prefere fingir que não existe: o bullying familiar.
Sabe aqueles comentários “de brincadeira” que nunca têm graça? “Você engordou”, “Por que não é parecida com sua irmã?”, “Vai comer tudo isso?”. Pois é. O curta de cinco minutos coloca exatamente esse incômodo no centro da narrativa e faz isso de um jeito sensível, direto e necessário.
📸 A história acompanha Camila, que folheia um álbum de fotos natalinas e revive, ali mesmo, anos de críticas da madrinha. Comparações, cobranças, padrões estéticos… tudo aquilo que parece pequeno no momento, mas fica guardado por décadas. O filme, criado pela AlmapBBDO e produzido pela The Youth, alterna passado e presente até chegar a uma reconciliação que fecha a narrativa com um respiro.
O que a pesquisa revelou
Para embasar a campanha, o Boticário encomendou uma pesquisa com a consultoria On The Go e os resultados mostram que esse tema mexe com muita gente:
86% dos brasileiros já sofreram bullying familiar
Apenas 17% falam sobre isso abertamente
50% dos casos envolvem comentários sobre o corpo
80% envolvem comparações entre familiares
71% acreditam que carinho e afeto ajudam a transformar essas relações
🧑🎄 Não é exagero dizer que a marca decidiu cutucar uma ferida real e fazer isso justamente na época que mais exalta “união”.
Por que isso importa
Enquanto muitas campanhas de Natal apostam na fórmula da “família perfeita”, o Boticário escolheu o caminho mais corajoso: falar de um desconforto que todo mundo já viu de perto. É uma aposta de posicionamento que vai além do comercial de fim de ano — toca em comportamento, afeto e responsabilidade emocional.
A estratégia da marca para o Natal
📺 O curta estreiou no dia 29 de novembro, no horário nobre da TV aberta, mas a campanha vai muito além disso. Entre as novidades:
Primeiro conteúdo proprietário de uma marca exibido em streaming, no Globoplay
Primeira marca de beleza ligada à mensagem de fim de ano da TV Globo
Casa do Natal Boticário, no histórico Casarão Sadocco, na Av. Paulista (30/11 a 21/12), esperando 10 mil visitantes
Trem iluminado e túnel aromatizado na Paulista
Parceria com a Uber para ajudar a levar o público às lojas
Tudo isso amarrado pelo conceito que guia a campanha: “Palavras deixam marcas, que sejam apenas de amor”.⚡


Três anos depois, o ChatGPT ainda dita o ritmo da IA
🤔 A inteligência artificial generativa está num momento curioso: metade hype, metade desconfiança. De um lado, ferramentas cada vez mais poderosas, promessas de produtividade e muita grana circulando. Do outro, alertas sobre bolha, impactos ambientais e debates éticos pegando fogo. E no centro desse turbilhão, lá atrás em 2022, estava ele: o ChatGPT.
Três anos depois do lançamento, o chatbot da OpenAI continua sendo um símbolo do que a IA tem de mais empolgante e também do que tem de mais complicado. Bora relembrar como tudo começou e onde esse furacão tecnológico nos trouxe.
O fenômeno que começou em 2022
📅 Em 30 de novembro de 2022, o ChatGPT chegava ao mundo como um "research preview" — uma versão experimental para o público brincar, testar e, claro, se impressionar. Baseado no modelo GPT-3.5, ele já fazia textos, poemas, cálculos, explicações… mesmo sem ter uma base de dados muito atualizada.
O impacto foi imediato. Em poucos meses, já era a primeira IA de linguagem realmente popular, acessível a qualquer pessoa. E aí aconteceu o inevitável: todas as outras big techs começaram a correr atrás para lançar algo parecido.
🤖 Gente que nunca ligou para tecnologia passou a usar o ChatGPT no dia a dia — às vezes para estudar, trabalhar ou só para se divertir mesmo. E a cada ano, a ferramenta ganhava upgrades importantes.
Evolução acelerada
Em 2023 e principalmente em 2024, o ChatGPT ficou bem mais multimodal. Passou a aceitar imagens, áudios e comandos de voz, e em maio de 2024 veio o salto com o GPT-4o, que trouxe conversas por voz naturalmente, quase como falar com um personagem de ficção científica.
🚀 Logo surgiram o ChatGPT Pro, a loja de GPTs personalizados, o Sora (IA generativa de vídeo que fez a internet surtar) e até um buscador capaz de incomodar o Google.
Em 2025, a OpenAI acelerou ainda mais: veio um novo criador de imagens embutido muito melhor que o DALL-E 3 e, em agosto, o tão comentado GPT-5, mais rápido e inteligente, com raciocínio muito mais avançado.
💻 No fim do ano, o ChatGPT chegou ao navegador Atlas e virou também um agente de computador — sim, agora ele faz tarefas sozinho no seu PC.
O tamanho do ChatGPT hoje
O impacto dessa expansão aparece nos números:
800 milhões de usuários ativos por semana (eram 500 milhões em março)
O Brasil está no top 3 de uso global, com mais de 50 milhões de usuários mensais
São 18 bilhões de mensagens por semana (cerca de 29 mil por segundo)
Mais de 4 milhões de desenvolvedores usam a API em mais de 200 países
São mais de 20 milhões de assinantes pagantes
Escrita e comunicação ainda são os usos mais populares, especialmente no Brasil
E 44% das empresas brasileiras de micro, pequeno e médio porte já usam IA generativa para atendimento, automação e criação de conteúdo.
Mas nem tudo é festa
🧑⚖️ Ao longo desses três anos, o ChatGPT e a OpenAI também colecionaram polêmicas. A maior delas: direitos autorais. Há processos pelo mundo questionando se o modelo foi treinado com livros, sites, imagens e vídeos protegidos sem autorização.
Outra polêmica é o lado emocional. O chatbot já foi apontado como responsável por dependência emocional, especialmente entre pessoas com problemas de saúde mental. Houve casos graves envolvendo negligência em respostas sobre suicídio.
🥊 Mesmo assim, o ChatGPT segue liderando o setor, agora cercado por concorrentes fortes como Google Gemini, Meta AI, Claude e Perplexity, todos tentando pegar carona no impacto inicial que ele causou.
E você? Chegou a usar o ChatGPT lá no comecinho?⚡


Os sinais de que você está queimando por dentro e nem percebeu
🔥 Tem gente que parece ter nascido com um tanque de energia secreto. São as pessoas de alta performance: entregam tudo, cumprem prazos impossíveis, resolvem pepinos e raramente pedem ajuda. Por fora, parecem impecáveis. Por dentro… às vezes estão desmoronando sem dar um pio.
O Burnout nesse grupo costuma ser traiçoeiro. Nada de crise dramática, queda brusca no desempenho ou explosão emocional. Na verdade, é justamente o contrário: a pessoa segue funcionando, entregando, comparecendo, enquanto empurra para debaixo do tapete todos os sinais internos de que algo está errado. É quase como se tivessem desenvolvido um “calo emocional” que permite ignorar o cansaço por muito, muito tempo.
😫 Mas o corpo e a mente sempre cobram a conta. E, para quem vive nesse modo turbo, três sinais aparecem mais cedo, mesmo que você tente fingir que não.
Você está exausto por dentro, mas ainda aparece como se nada tivesse acontecido
Esse é o clássico. A energia emocional vai pro ralo, mas a produtividade segue 100%, ou até mais. Gente de alta performance tende a continuar entregando mesmo no modo “piloto automático avançado”. Reuniões, prazos, projetos… tudo flui, mas o motor interno está pedindo arrego.
😪 E a exaustão aqui não é aquela cena de novela de alguém despencando na mesa. É mais sutil: o café que não resolve mais, a sensação de acordar cansado, o impulso de querer deitar depois de uma tarefa bem-feita. Por fora, impecável. Por dentro, drenado.
O problema? Continuar funcionando não significa estar bem. E quando a exaustão emocional vira paisagem, ela costuma ser o primeiro degrau para fases bem piores do Burnout.
Seu foco começa a te trair e isso te deixa nervoso de verdade
😨 Esse é o sinal que dá medo até em quem costuma ser “a mente mais afiada da sala”. De repente, você precisa reler a mesma frase quatro vezes. Perde o fio da conversa do nada. Esquece coisas óbvias. Tarefas que antes eram automáticas agora exigem esforço.
E antes que você pense “estou ficando preguiçoso”, vale lembrar: pesquisas mostram que Burnout mexe diretamente com memória, atenção e velocidade de processamento. O cérebro simplesmente fica sobrecarregado demais para funcionar como antes.
🔍 Para quem sempre se orgulhou da própria clareza mental, isso é um golpe no ego. Mas não é falta de disciplina, nem frescura, é biologia. E, sim, dá para reverter, mas precisa ser percebido antes de virar bola de neve.
Você vence… mas não sente nada
Esse é o mais silencioso e talvez o mais sério: quando conquistar algo deixa de trazer qualquer alegria. Nada de orgulho, entusiasmo ou aquele “olha só o que eu consegui”. Só um vazio educado.
🧠 Isso acontece porque o sistema de recompensa do cérebro começa a ficar embotado pelo estresse crônico. É como se o corpo entrasse em “modo economia de energia”: corta as emoções positivas para manter o básico funcionando.
E para quem sempre se guiou pelo resultado, quem mede a própria vida pela capacidade de entregar, esse achatamento emocional passa fácil batido. Mas ele é um dos sinais mais claros de que o Burnout está avançando.⚡


Cahiers du Cinéma revela lista dos melhores filmes de 2025 com dois brasileiros no Top 5

Giphy / Reprodução
🗞️ A tradicional revista francesa Cahiers du Cinéma liberou sua lista anual dos 10 melhores filmes de 2025 e o cinema brasileiro brilhou bonito. Dois títulos nacionais (ou quase) entraram no ranking e ficaram coladinhos no Top 5: "O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho, e "O Riso e a Faca", coprodução Brasil–Portugal dirigida por Pedro Pinho.
A presença de “O Agente Secreto” em 4º lugar não surpreende tanto quem acompanha o burburinho internacional. O filme já virou uma das grandes apostas brasileiras para o Oscar e vem acumulando elogios desde Cannes, onde levou dois prêmios importantes: Melhor Diretor e Melhor Ator para Wagner Moura. Nada mal para um drama sobre um professor tentando fugir de um passado misterioso no Recife.
🎞️ Logo depois, em 5º lugar, aparece “O Riso e a Faca”, que também passou por Cannes, desta vez na Un Certain Regard, aquela mostra paralela que sempre revela preciosidades. O longa explora relações íntimas, tensões neocoloniais e uma solidão que parece crescer junto com o deserto africano onde a história se passa.
No topo da lista está “Tardes de Solidão”, de Albert Serra, um documentário que mergulha na rotina de um toureiro peruano-espanhol e suas horas mais solitárias. Em seguida, surgem nomes de peso como Paul Thomas Anderson, Richard Linklater e Christian Petzold completando a seleção.
🇧🇷 A curadoria da Cahiers segue sua tradição: uma mistura de filmes autorais, experimentais, surpresas internacionais e obras de diretores já consagrados. E a presença brasileira reforça um ótimo momento do nosso cinema, que continua chamando atenção de críticos e festivais mundo afora.

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