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Match, ghosting e golpe: como desenvolvedor indiano virou pesadelo do Vale do Silício #408

➜ EDIÇÃO 408

Mesmo com críticas, remake de Vale Tudo quebra recorde de faturamento na Globo 

Reprodução

📺 Desde que estreou no horário nobre da Globo, o remake de Vale Tudo tem causado um baita burburinho. A novela estrelada por Taís Araújo, Bella Campos e Débora Bloch vem dividindo o público — e sim, não bateu aquela audiência tradicionalzíssima da faixa das 21h. Mas calma lá: o ibope pode até não estar nas alturas, mas o caixa da emissora tá mais cheio do que nunca.

Isso porque Vale Tudo já se tornou a novela das nove mais lucrativa da história da Globo. O segredo? Merchandising bem colocado e marcas poderosas no roteiro. Em apenas três meses, a novela contou com nada menos que 76 ações de conteúdo envolvendo 16 marcas diferentes. Pra comparação, Pantanal (2022), que reinava no quesito ações publicitárias, fez 82 ao longo de sete meses.

💰 Entre os patrocinadores e parceiros que colaram na novela estão nomes como: Itaú, Vivo, BYD, Coca-Cola, Dove, Uber, Amazon, L’Oreal, O Boticário, Unilever, Electrolux, Corona, RAM, Hapvida, Paramount e Johnson’s Baby. Ou seja, só gente grande. Tudo feito com aquele jeitinho Globo de integrar as marcas à trama, deixando tudo mais natural — tipo o personagem tomando um refri numa cena intensa (mas com o rótulo bem virado pra câmera 👀).

Apesar da grana entrando, o público segue apontando mudanças na história original e algumas escolhas ousadas do roteiro. Entre os exemplos, teve o personagem Igor (Bernardo Velasco), que começou como ficante de Odete Roitman e depois virou pai de família num plot twist inesperado. E tem também as tramas mais atuais, como a dos bebês reborn, que dividem opiniões.

📈 Mas se o termômetro da polêmica tá quente, o da repercussão tá fervendo: mais de 125 milhões de pessoas já foram impactadas pela novela, alcançando quase 80% dos lares brasileiros. E tem outro número que surpreende: Vale Tudo é a novela de maior audiência entre os jovens de 18 a 34 anos na TV aberta atualmente. No Globoplay, o consumo de novelas sob demanda cresceu 12% desde a estreia.

Ou seja: pode até ter gente torcendo o nariz, mas a verdade é que Vale Tudo tá valendo (muito) a pena — pelo menos para o bolso da Globo.⚡

ChatGPT vai conseguir agir sozinho no seu PC e celular?

🤯 O ChatGPT está prestes a dar um passo além do bate-papo — e começar a fazer coisas por conta própria no seu dispositivo. Isso mesmo: uma futura versão da ferramenta poderá realizar ações diretamente no seu computador ou celular, sem que você precise mover um dedo.

Quem descobriu a novidade foi o desenvolvedor Tibor Blaho, que achou indícios no código do app para Android e na versão web. E o que ele encontrou? Referências a "ferramentas computacionais" e comandos como clique, duplo clique, rolagem de tela, arrastar elementos e até esperar eventos acontecerem na interface.

🖱️ Ou seja: o ChatGPT pode, em breve, virar um assistente de verdade, clicando, navegando e interagindo com programas ou sites direto por você. E o melhor: sem precisar instalar uma extensão maluca ou script externo — tudo nativo.

Além disso, há indícios de que ele poderá acessar APIs e ferramentas extras, o que abre espaço pra tarefas mais complexas, com várias etapas. Por enquanto, a OpenAI ainda não confirmou nada oficialmente, mas tudo indica que isso pode estar relacionado à futura chegada do GPT-5 e à integração com o Operator.

Mas o que é o Operator?

💡 É uma espécie de super assistente criado pela OpenAI que não só conversa — ele age. Ele pode visitar sites, preencher formulários, logar em contas e até comprar coisas pra você, tipo um ingresso pro show da sua banda favorita ou os itens da sua lista de compras. Uma IA que faz, literalmente, o corre.

No momento, o Operator ainda é experimental e está disponível só pra quem assina o plano ChatGPT Pro, aquele de US$ 200 por mês (quase R$ 1.080). Mas essa função pode estar chegando aos poucos pra todo mundo — ou pelo menos em versões mais acessíveis.

 Se tudo isso se confirmar, estamos a poucos cliques de ter um ChatGPT que não só sugere o que fazer, mas faz por você. Só não vale pedir pra ele responder àquela mensagem do WhatsApp que você tá ignorando há semanas, hein?

O golpista do Vale do Silício? 

🤯 Soham Parekh, um engenheiro indiano, conseguiu o que muita gente do Vale do Silício sonha: foi contratado por dezenas de startups e recebeu ofertas de até US$ 200 mil por vaga. Mas o motivo do “sucesso” não tem nada a ver com genialidade técnica — e sim com um esquema em que ele mantinha vários empregos secretos ao mesmo tempo, entregando o mínimo e sumindo com desculpas cada vez mais criativas.

A treta veio à tona quando Suhail Doshi, ex-CEO da Mixpanel, fez um alerta no X (antigo Twitter): “Tem um cara chamado Soham Parekh trabalhando em 3 ou 4 startups ao mesmo tempo. Demiti ele na primeira semana por mentir. Um ano depois, ele continua na mesma”.

🤔 A postagem explodiu — e aí outros fundadores começaram a se manifestar com histórias idênticas: entrevistas impecáveis, currículo bonito (com um suposto mestrado na Georgia Tech que… não existia), e um festival de desculpas bizarras pra justificar atrasos ou sumiços.

No fim, ao menos 10 startups admitiram ter contratado Parekh e demitido logo depois. Algumas nem chegaram a pagar, mas outras desembolsaram bons valores por semanas de “teste” que não deram em nada. Um dos fundadores disse que chegou a oferecer US$ 200 mil por ano e até 1% da empresa em ações — tudo baseado numa entrevista perfeita.

Namorando o mesmo funcionário

🕵️ A situação ficou tão surreal que fundadores começaram a descobrir que estavam, literalmente, “namorando o mesmo cara”. Em jantares e conversas informais, bastava alguém elogiar um candidato para os outros perguntarem em coro: “Era o Soham?”.

O caso escancara como a corrida por talentos em IA virou um terreno fértil pra golpes. As startups, desesperadas por devs promissores, estão contratando com base em entrevistas e sem checar a fundo os históricos — o que abriu espaço pra esse tipo de “engenharia social”.

😔 Soham, por sua vez, admitiu tudo numa entrevista: “Não tenho orgulho do que fiz, mas ninguém gosta de trabalhar 140 horas por semana. Fiz por necessidade”.

Apesar do escândalo, ele ainda tem defensor: o CEO da startup Darwin afirmou à imprensa que Parekh é “um engenheiro incrivelmente talentoso” e continua no time. Vai entender.

Moral da história?

🔍 No meio da selva do Vale do Silício, contratar um dev virou quase um Tinder corporativo: entrevistas rápidas, promessas altas, e muito ghosting. Só que, nesse caso, o “date” tava enganando todo mundo — ao mesmo tempo.

Xbox tá lucrando… então por que a Microsoft tá mandando tanta gente embora?

Xbox / Reprodução

😡 Se você anda acompanhando o noticiário gamer e ficou de queixo caído com as demissões em massa da Microsoft — mesmo com a empresa lucrando US$ 26 bilhões só no último trimestre — você não está sozinho. A divisão do Xbox, que aparentemente tava “bombando”, também levou pancada. Estúdios foram fechados, jogos promissores cancelados e milhares de funcionários perderam seus empregos.

Mas como isso faz sentido?

Bem-vindo ao maravilhoso (e um tanto cruel) mundo corporativo, onde “estamos no nosso melhor momento” pode significar: precisamos enxugar a equipe para agradar acionistas. É a famosa reestruturação — aquela palavra mágica que justifica quase tudo no mundo das gigantes da tecnologia.

🎮 A nova fase do Xbox tem um foco claro: marcar presença em tudo, mas fazer cada vez menos por conta própria. A ideia é que a marca Xbox não precise mais de tanto investimento em hardware próprio. Em vez disso, ela pode estar em outros dispositivos como o ROG Ally da Asus ou o Meta Quest 3, por exemplo. Isso sem falar na grande estrela da estratégia: o Game Pass.

Então por que demitir estúdios que fazem… jogos?

Boa pergunta. Porque o foco agora são jogos grandes, seguros, conhecidos — tipo Call of Duty, Forza, Skyrim. Nada de experimentar muito. Criar IPs novas (ou seja, novas franquias) virou arriscado demais. A galera quer o que já conhece, segundo dados da Newzoo, que mostram que os cinco jogos mais populares de 2024 fazem parte de franquias estabelecidas.

Spoiler: o povo ainda passa mais tempo jogando Fortnite, GTA 5 e Rainbow Six Siege do que qualquer coisa nova.

Ou seja: a lógica que está rolando nos bastidores é simples:

  • Criar algo novo = arriscado e caro

  • Manter o que já faz sucesso = fácil e lucrativo

E os jogos promissores?

👋 Cancelados. Adeus, Perfect Dark. Tchau, Everwild. E mesmo quem ainda tá “vivo”, como a franquia Forza, viu demissões rolarem dentro do estúdio Turn 10. Tudo isso porque manter estúdios próprios é caro, e a nova ideia da Microsoft é fazer parceria com quem já tem algo pronto e bombado, como Palworld e Clair Obscur, que fizeram sucesso no Game Pass.

Resumindo: é mais barato pagar uma grana por uma exclusividade de jogo indie do que manter 200 devs por anos em um projeto original.

Mas e os jogadores, onde entram nisso?

🕹️ Bem… não entram. Quem comprou um Xbox esperando uma avalanche de novos exclusivos com base nas promessas do Phil Spencer pode estar começando a se sentir meio... enganado. A Microsoft comprou mais de 20 estúdios nos últimos anos, mas tá parecendo aquela criança que prefere o brinquedo do amigo e esquece os que tem em casa.

Como disse Swen Vincke, o diretor de Baldur’s Gate 3, na TGA 2024: “Empresas precisam parar de tratar desenvolvedores como números em uma planilha.”

🤔 E ele tem razão. Porque no fim, essa obsessão por agradar investidores e cortar custos sem parar pode sair muito caro pra quem mais importa:

  • Os devs, que perdem seus empregos;

  • E os jogadores, que ficam presos num looping de jogos reciclados e lançamentos sem alma.

🚨 Monopolizar, mudar de rumo toda hora, fechar estúdios e demitir gente boa… é isso que significa ser Xbox agora?

Porque se for, tá na hora da Microsoft rever o que ela realmente quer dessa indústria.

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